terça-feira, 3 de outubro de 2017

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança


A Igreja Mariz de Esperança e o Seu Relógio Histórico


Já lí pequenas histórias sobre a construção da Igreja Matriz de nossa cidade, a reforma do templo e sobre a inauguração do relógio posicionado na tôrre, completando mais de  setenta anos de idade.

Todos os esperancenses são testemunhas do badalar  do relógio. Para toda a população, todos os olhos não se cansaram de olhar o relógio, no sentido de saber a hora certa, nas ocasiões mais importantes, ficando,costumeiramente, atentos ao horário.

As pessoas que não possuiam relógio confiavam cegamente no relógio da Igreja, na sua precisão, durante as vinte e quatro horas do dia. Muita gente gracejava com pessoas que perguntavam as horas a alguém que tinha relógio  no braço e respondia, com ares de brincadeira: Consulte o relógio dos pobres!

Quando era criança, sonhava com o presente de Papai Noel, na noite de natal, sempre esperando que amanhecesse, no dia de Natal, um relógio em cima da minha chinela. Nunca realizei esse sonho, nunca ganhei um relógio de presente. Nas brincadeiras de meninice, desenhava um relógio no braço, com lapis de tinta azul.

Porém, naqueles idos tempos, nenhum menino de minha idade possuía relógio. O relógio que sempre estava presente na vida de todos nós era o relógio da Igreja.

O Relógio dos Ricos.

Alguns adultos que eram conhecidos como ricos, entre eles, os comerciantes tradicionais da cidade, ou, pessoas de influência no meio social, de bom poder aquisitivo, encomendavam suas calças aos alfaiates, exigindo que a calça fosse feita com dois bolsos tipo algibeira. (algibeira era um pequeno bolso que os homens usavam para portar moedas ou conduzir o relógio de algibeira, por baixo do cinto). Eram relógios automáticos, modernos, diferentes dos que se usavam antes, aqueles que só funcionavam se o dono desse corda. Quando quebravam, levavam para o concerto e, sempre era a corda do relógio que se quebrava.  

Mas, o mais interessante ou o mais importante é descrever, não somente a importância que exercia  o relógio da Igreja sobre a vida das pessoas de toda a comunidade, mas a sua utilidade  social e o seu valor romântico para a vida de cada esperancense. Do amanhecer do dia ao final da noite ele era um meio de orientação, posso dizer assim, uma bússola indispensável.

O Aspecto Romântico do Relógio da Igreja.

No dia a dia das pessoas, em que todas as atividades da sociedade, no comércio, no esporte, na vida social, no lazer, para o horário de refeições, para o horário de dormir, estudar, ler, viajar, namorar e até, para casar.

Os casais de namorados que tinham namoro fixo, marcavam horário para os encontros, sempre à noite, cedo da noite, para ir ao cinema, ou mesmo, ir para a casa da namorada. Era sempre o relógio da Matriz, sempre escutado nos quatro cantos da cidade. Se algum dos namorados falhasse ou chegasse atrasado, ela sempre perguntava, em tom de repreensão: Não ouviu o relógio da Igreja tocar, não? A resposta era sempre enrolada.

Existia sempre um horário marcante, para diversas ocasiões, á noite, era o das 8,00 hs (vinte horas). Nas décadas anteriores, principalmente a década de 50, ou, melhor dizendo, nos anos cinquenta, era costumeiro marcar algum encontro depois da missa, aos domingos, isso acontecia com os casais de namorados, com as pessoas que ouviam programas de rádio, isto é, novela pela Rádio Borborema. Outras perguntavam a outras, dentro de casa, já ouviste se o relógio da Igreja já deu oito horas? Se alguém possuía relógio de pulso, não confiava no seu relógio, conferia pelo relógio da Igreja.
 Conferindo o horário, dizia: Este meu relógio é bom demais, sempre está com a hora igualzinha ao da Igreja.

O Avanço da Tecnologia.

Ninguém podia comprar um relógio, pois, era objeto de luxo, negócio de gente rica. E, os ricos só compravam relógio OMEGA, a marca mais famosa.

Pois bem, com o desenvolvimento tecnológico, o surto industrial, o aumento do poder aquisitivo da população, o desenvolvimento social, o relógio da Igreja começou a ficar em desuso, no esquecimento da população. A cidade foi crescendo, foram surgindo os bairros mais distantes, as pessoas residindo em lugares mais afastados, a ponto de não se escutar mais o relógio da Igreja tocando. Parece que ficou uma voz clamando no deserto.

Daí,começou a ingratidão. Todo mundo de relógio no braço, achando que o relógio da Igreja não presta mais. Se o coitado falhar, atrasar a hora,  dizem logo, o relógio da Igreja está doido, não adianta mais nem olhar para êle.

Mas, mesmo assim, êle continua incansável, persistindo às intempéries do tempo, marcando o tempo. marcando a hora de todas as pessoas fazerem refeição, de irem para a escola, de ouvir o canto da hora do Ângelo, às seis da tarde, e, esperar pela novela das oito e, ainda, anunciar a hora de dormir. 

A vida Noturna da Cidade.

Na década de quarenta, a energia elétrica de Esperança era movida por um motor, que funcionava por traz da casa de seu Antonio Gomes da Rocha, (Antonio de Epitácio) e o local em que funcionava aquele motor ficou conhecido como usina de luz.

O Prefeito da época determinou por decreto que a usina só funcionasse até as vinte quatro horas (meia noite), antes,fechava às 22,00 hs. Dizia, ainda, aquele decreto municipal que o motor começasse a funcionar às 18,00hs e, durante o inverno, às 17,00hs. Era sempre o relógio da Igreja que comandava. Com esse novo horário de funcionamento, a cidade passou a dormir mais tarde .

quinta-feira, 6 de julho de 2017


Fotos e Fatos que Fizeram a História de Esperança
LUIZ MARTINS DE OLIVEIRA EM ESPERANÇA
Luiz Martins de Oliveira era natural de Pocinhos, PB., chegou a Esperança, como agente fiscal, para servir junto a Coletoria Estadual, no começo da década de 50, posteriormente ocupando o cargo de Coletor, cargo esse em que se aposentou.

Na vida social esperancense, foi presidente do antigo Esperança Clube, no ano de 1955, sendo reconduzido ao cargo por três vezes, dando ênfase à vida social da cidade. Como presidente daquele sodalício empreendeu a construção da sede própria, que, por circunstancias alheias à sua vontade, não chegou a concluí-la, cuja obra ficou estagnada, por falta de recursos, por vários anos.

No ano de 1958, iniciou a carreira política em nosso município, ao lado de Francisco Souto Neto, na campanha para deputado estadual, sendo este o primeiro esperancense a ser eleito deputado.

Foi candidato a prefeito de Esperança, pela primeira vez, no ano de 1963, tendo sido eleito por quatro vezes, sendo uma, como vice-prefeito.
Segundo dados do TRE-PB, Luiz Martins foi candidato a prefeito no ano de 1963, pelo Partido Democrata Cristão (PDC), concorrendo com Joaquim Virgolino da Silva pelo partido da União Democrática Nacional (UDN), Pedro Mendes de Andrade, pelo Partido Libertador (PL) e Valdemar Cavalcante, pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro. Luiz Martins foi declarado eleito com 2.660 votos, dentro de um eleitorado de 5.553 eleitores.

Na sua segunda eleição para prefeito, em 1972, pelo Partido da ARENA (ALIANÇA RENOVADORA NACIONAL), obtendo 3.826 votos, compreendendo 75,43% do eleitorado votante, concorrendo com Alindo Teotônio da Silva, sendo este, pelo MDB (Movimento Democrático Nacional), com 1.246 votos.

Na terceira eleição para prefeito, em 1982, pelo PDS2, Luiz Martins obteve 4.188 votos, tendo como companheiro de chapa, o médico Armando Abílio Vieira, concorrendo com  José Tôrres, pelo PDS1 (Partido Democrata Social), com 3.248 votos, que, por sua vez, tinha como companheiro de chapa, candidato a vice-prefeito, Evandro Passos de Lucena, cujo eleitorado, na época, era de 8.248 votantes; e, ainda, Fernando Bezerra Cavalcanti, pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), tendo como companheiro de chapa, Pedro Batista Guimarães), obtendo 355 votos, e, Marcos Antonio Nóbrega, pelo PT (Partido dos Trabalhadores), tendo como companheiro de chapa, Francisco de Assis Pinheiro, com 22 votos.

Na quarta eleição em que Luiz Martins foi candidato a Prefeito, no ano de 1992, pelo PFL (Partido da Frente Liberal), teve como opositor, Severino Ramos Pereira(Dr. Nino), pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), e, o terceiro candidato, Francisco de Assis Pinheiro, pelo PSDB (Partido Social Democrático Brasileiro). Dessa campanha eleitoral, Luiz Martins saiu vencedor, com uma votação de 6.312 sufrágios, e, o segundo colocada, Severino ramos Pereira, com 6.187 votos, sendo que, o terceiro, com 589 votos. A votação do primeiro colocado representou 48,23% dos votantes, num total apurado de 14.159 votos e um eleitorado de 16.836 eleitores aptos.

Por último, a quinta eleição de Luiz Martins foi como candidato a vice-prefeito, na chapa de Arnaldo Monteiro da Costa, na coligação PSC/PFL, cujos candidatos obtiveram uma votação de 8.754 sufrágios, representando 57,71% dos votantes, contra a chapa opositora de Rosemary Bronzeado e Nivaldo Moreno de Magalhães, como candidato a vice-prefeito, com uma votação de 6.267 votos, na coligação PMDB/PDT/PTB/PL/PPB/PSDB, significando 41,32% dos votantes; e, uma terceira candidatura, pelo PT (Partido dos Trabalhadores), tendo como candidatos, Evaldo Brasil e como candidato a vice-prefeito, Estevão Jorge Grangeiro Lira, com uma votação de 147 sufrágios, representando 0,97% dos eleitores votantes. Naquela eleição, Esperança já tinha 20.915 eleitores aptos.

Em resumo, Luiz Martins de Oliveira foi eleito prefeito quatro vezes e uma vez vice-prefeito. Vale salientar que, até a última eleição em que êle foi candidato, não havia o direito de reeleição.


sábado, 18 de fevereiro de 2017

História do Carnaval em Esperança - Década de 90 a 2015 - Capítulo Final

Fatos e Fotos que Fazem a História de Esperança
 Foto de Carnaval de Rua - Arrastão - década de 90
 Foto de Carnaval de Rua - Arrastão - 2014 
 Foto de Condecoração ao Grupo de Carnaval Samba Hits - 2012



Foto de Trio-Elétrico - Arrastão do Bloco das Lias - 2016


                               O Carnaval de Esperança, nos tempos atuais, entrou numa fase de imitação dos carnavais baianos, tendo o sistema de música eletrônica, tendo como carro-chefe os trios elétricos como são conhecidos, no momento.

                                   A primeira foto nos faz lembrar o inicio da era dos trios elétricos pelas ruas da cidade, já nos finais do século XX, década de 90, como meio de modernizar e atrair a juventude.

                                   Aquele carnaval com participação de famílias em bailes dançantes desapareceu, salvo alguma iniciativa de entidades estritamente privadas, em ambientes fechados, como meio de negócio vantajoso, sem nenhuma participação da administração pública.

                                    Os arrastões tomaram as avenidas, arrastando, literalmente, a juventude enlouquecida pelo embalo do ritmo do carnaval baiano, descaracterizando o carnaval que eramos acostumados a presenciar durante os três dias de folia.

                                    Lamentavelmente, os desestímulo tomou conta da cidade e da população que gostava de carnaval de clube, em recinto totalmente aconchegante.

                                       Para salvar a memória dos carnavais da década de 80, houve a iniciativa do Rotary Clube de Esperança, para homenagear um dos mais antigos grupos carnavalescos da cidade, " O SAMBA HITS", na pessoa de seu fundador, no ano de 2012, como se vê da foto acima.

                                  Estamos, hoje, em pleno séc. XXI, às vésperas de mais um carnaval, aguardando inovações que possam contribuir e resgatar os carnavais de Esperança.




sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

História do Carnaval em Esperança - Décadas de 80 e 90 - Capítulo V

Fatos e Fotos que Fazem a Nossa História
 Foto de Carnaval no CAOBE - Década de 80
 Foto de Bloco de Moças - década de 80
 Foto de do Grupo Massa Real - Década de 80
 Foto do Grupo Massa Real no CAOBE - Década de 80
 Foto do Clube Campestre - Década de 90
 Foto de Grupo Carnavalesco - Samba Hits - Década de 80
Bloco das Lias - Década de 80

                                   No carnaval de Esperança, as transformações continuaram a acontecer, recebendo influência de outros Estados, principalmente, do carnaval da Bahia, com resquícios ainda dos carnavais tradicionais da cidade.

                                              Justamente na década de 80, a juventude começou a ter uma participação mais efetiva no carnaval de rua, criando vários pequenos blocos de carnaval, grupos esses que permaneceram por bastante tempo. Nem por isso, alguns blocos de papangús, batucadas, tanto formados por moças, como por rapazes, deixaram de existir.

                                             Com o surgimento do Clube Campestre de Esperança, uma inovação em termos de clube na nossa cidade, mais moderno, com ambiente mais aberto, aprazível, com instalação de piscinas, etc. Nesse ambiente, o carnaval tomou um impulso diferente, passando a ter um carnaval mais restrito à elite, com participação exclusiva de sócios.

                                              O Clube Campestre, para se ter uma idéia do que representava o seu patrimônio para a cidade de Esperança, pois, uma cidade ainda de porte pequeno, possuidora de um clube social de fazer inveja aos demais municípios vizinhos, arregimentava as famílias esperancenses e até, outras cidades, nos fins de semana, mais precisamente, sábados e domingos, onde tínhamos um bom lazer. A foto acima nos dar uma noção do que era aquele Clube, nas décadas de 80 e 90.

                                               Pois, bem, aquele sodalício começou a empreender também, além das festas juninas, manhãs de de carnaval e bailes noturnos, sob o embalo de boas orquestras de frevo, entre algumas, posso mencionar a "Orquestra Super Ohara".

                                      O CAOBE (Centro Artístico Operário e Beneficente de Esperança) continuava a promover o seu carnaval de clube, com a outro estilo diferente, mais à moda jovem, animados por pequenas bandas, apresentando outros ritmos mais modernos de animação carnavalesca.

                                                   Mas, voltando ao carnaval de rua, algumas atrações animadoras do nosso carnaval se limitavam a pequenos grupos carnavalescos, formados por moças da nossa cidade, como, por exemplo, "Massa Real", "As Apaches", trajadas tìpicamente; os "Borós", "Samba Hits", "Sambalogia" e "Bloco das Lias", com sua irreverência (homens vestidos de mulheres), desaparecendo, por completo, o tradicional "corso". Já havia, nessas décadas, uma tendência à imitação do carnaval da Bahia, como já fiz alusão acima

                                                    

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

História do Carnaval de Esperança - Década de 70 - Capítulo IV

Fatos e fotos que fazem a Historia de Esperança
 Foto do blog Esperança de Ouro - Carnaval da década de 70
Foto do Carnaval de Rua - Década de 70

                                        A cada ano, as mudanças foram acontecendo, no carnaval de Esperança, isso no que se refere às fantasias e modos de brincadeiras. Da década de 50 até a década de 70, inovaram poucas coisas, pois, o estilo era o mesmo de outras épocas.

                                 Na primeira foto acima, havia o corso, pelas ruas principais da cidade. Verifique-se, na foto, que o carros utilizadas para o desfile de carnaval eram os jipes, modelo que existia na praça de taxi da cidade. Na verdade o jique era um tipo de veículo que se enquadrava bem para aquele tipo de brincadeira, pois, seis, oito jovens alugavam aqueles taxis para usarem na animação do carnaval. Geralmente, acontecia apenas no último dia de carnaval. os motoristas, proprietários de seus jiques faziam questão de tirar a capota do carro, Entre aqueles proprietários de jipes da praça, posso mencionar alguns: Seu Antonio Cirino, o pai de "Bolinha" e de "Murchinho", Seu Doda, o pai de "Geraldinho" e de "Zezinho"; "Antônio Modesto" e "Tarciso Gordo", como era apelidado, e tantos outros que possuíam aquele tipo de veículo.

                                   O lança-perfume já havia sido extinto pelo governo revolucionário, na segunda metade da década de 60, mais precisamente, no mês de julho de 1966. Restou o mela-mela, uso de pó, araruta, maizena, lança-d'agua, fantasias exóticas, blocos de moças e rapazes.

                                  Um outro detalhe que devo salientar, nas proximidades do carnaval a prefeitura organiza uma comissão para fazer o cadastro de grupos carnavalescos, com o intituito de dar ajuda financeira, pois, só assim, havia uma participação maior da população.

                              O carnaval de Esperança, nessa época, não era um carnaval luxuoso ou de fantasias caras, mas, todos queriam participar da melhor maneira como podia brincar, sem violência, nem uso de drogas ilícitas. A multidão, as famílias de todas as classes sociais participavam, iam para a avenida animar o carnaval. A década de 70 foi a época em que começou a maior participação de jovens foliões. 



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

História do Carnaval em Esperança - Capitulo III

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto de Lanças-Perfume - década de 50/60
 A Marca Rodouro Metálica da Rhodia era a Tradição.
Orquestra de Frevo do Esperança Clube - década de 50/60


                                  Continuando o resumo histórico dos carnavais esperancenses, não poderia deixar de citar algumas passagens de momentos memoráveis de nossa cidade, no que tange às festas mais populares das décadas de 50 e 60, com especial enfoque das folias de rua e de clube.

                                         O Clube mais antigo de nossa cidade, o Esperança Clube teve sua passagem rápida  na sociedade esperancense, porém, um dos sodalícios mais queridos da pequena cidade interiorana que tinha a sua vida restrita ao deleite do pequeno número de sócios, sob a direção, diga-se de passagem, de dois dinâmicos empreendedores sociais, embora em épocas diferentes, José Ramalho da Costa e Luiz Martins de Oliveira.

                                       Na primeira foto, fiz questão de mostrar, para os mais novos que não viveram a época, o lança-perfume, de embalagem metálica, dourada, da marca Rhodia, produto feito exclusivamente para os carnavais, inicialmente industrializada  na Argentina e importada para o Brasil nos meados do século XX. Esse produto apareceu no carnaval do Rio de Janeiro no ano de 1906, tornando-se popular, como símbolo do carnaval, era usado como uma brincadeira inocente e comum nos bailes de carnaval brasileiro.

                                     Em Esperança, não era diferente, o comercio se preparava para o carnaval,  meses antes, para vender produtos carnavalescos, inclusive o lança-perfume.

                                         Vale relembrar que o Esperança Clube foi o primeiro e único clube social de nossa cidade que tinha a sua própria orquestra formada por músicos esperancenses, demonstrada na foto acima, com o fim de realizar os bailes e outras festividades populares, como o carnaval.

                                          Nas décadas de 50 e 60, os carnavais esperancenses, mais precisamente, as folias de rua, eram embaladas por grande movimentação de foliões, constituídos de escolas de samba, destacando-se a escola "Bom Por Que Pode", "Ultima Hora", batucadas (charangas), Bloco de Índios, ornamentados com estandartes e fantasias, confetes e serpentinas, mela-mela, papangús, etc.

                                           Esperança viveu os seus melhores carnavais nas décadas de 50 e 60, com muita animação, participação popular, orquestras de frevo em plena avenida, destacando-se a terça-feira, último dia, o mais movimentado e animado. Esperança recebia vistantes de várias cidades vizinhas, inclusive de Campina Grande.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

História do Carnaval - Carnaval em Esperança - Capítulo II

Fatos e Fotos que Fazem a História de Esperança
 Foto de foliões no CAOBE - Década de 60


Grupo de Carnaval na Avenida década de 60


                                     Não se pode falar do carnaval da década de 60 em nossa cidade, sem que, antes, possa fazer uma volta aos carnavais da década de 30 40, cujos carnavais ainda estavam embalados pelo evento da emancipação política do municipio.

                                           Esperança, mesmo antes de sua emancipação demonstrou ter um povo alegre, receptivo, em outras palavras, "bom de festa" de rua ou de salão. Nos anos 30 e 40, como em todo o país, a marchinha de carnaval predominava, tantos nos salões de festa ou nos clubes. esperança não tinha clube, isto é, nenhuma agremiação associativa, mas, não era por isso que o carnaval não era comemorado.
      
                                            Por falar em marchinhas de carnaval, a que mais caiu na graça do povão nos antigos carnavais, foi "A JARDINEIRA", composição musical da década de 30, sucesso absoluto daqueles carnavais, por alguns anos. A alegra do carnaval, além de suas fantasias e roupagens apropriadas, coloridas e exóticas, o carnaval era embalado não só pela música, mas, pelo uso de confete e serpentina.

                                         O nosso carnaval tomou pulso, com os famosos blocos masculinos, escolas de samba formadas por rapazes e moças. Vale salientar que em Esperança, o carnaval tomava as ruas da cidade, sempre durante a tarde até o anoitecer, para depois, à noite, os bailes em recintos fechados, a exemplo das grandes festas dançantes no recinto do Grupo Irineu Jofilly.

                                           As fotos acima expostas nos fazem lembrar os carnavais da década de 50 e 60, quando as famílias participavam com alegria e entusiasmo, nos bailes de carnaval embalados por boas orquestras de frevo, isso, no CAOBE que já havia sido inaugurado com novas instalações, para a família esperancense.

                                           O demonstrativo das fotos nos fazem ter ideia de como o carnaval da nossa cidade era acompanhado fantasias próprias, com o uso do "Lança Perfume", uma tradição dos velhos carnavais. Até a década de 70, os nossos carnavais ainda eram ritmados pelo frevo e marchinhas, sucessos no Brasil inteiro.   

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

História do Carnaval - Capítulo I

Fatos e Fotos que Fizeram a Nossa História
 Foto de Carnaval Medieval
Foto de Carnaval em Roma Antiga

                                  Muita gente se engana ao dizer que só existe carnaval no Brasil, pois, tem origens muita remotas, com conceito e significado diferentes. A palavra carnaval é originado do latim"carnis levale", cujo significado é "retirar a carne". O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a Quaresma ,e também, com o controle dos prazeres mundanos.

                                         Sabemos que o carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil, e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento de cultura nacional.

                                           Concluímos que o carnaval não é uma invenção brasileira, nem tampouco realizado apenas neste País. A história do carnaval remonta á antiguidade, tanto na Mesopotâmia, quanto na Grécia e em Roma.

                                           Nas fotos acima, em primeiro plano, constamos que na Idade Média, já existiam as fantasias e máscaras, indumentárias coloridas e fantasiadas.

                                            Em segundo plano, a foto demonstrando o carnaval romano, aproximando-se bastante com a folia de rua do nosso carnaval, algazarra e instrumentos diversos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Utensílios Domésticos Usados por Nossos Antepassados


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Utensílios Domésticos Usados por Nossos Antepassados

Coleção de Talheres Antigos
                                   Através de todos os tempos, o ser humano criou instrumentos e ferramentas
para o seu dia, para as suas tarefas cotidianas, com o fim de facilitar a vida.
                                  Diversos instrumentos foram criados, porém, existem, entre êles, peças de uso 
doméstico sobreviventes e aposentados. Os utensílios que mais sobreviveram ao tempo veem 
à mente, toda vez que pensamos em cozinha: Garfo, faca, colher e panela. Esta surgiu em 10.000 a.C,
na América do Sul e representou uma revolução nutricional à humanidade; se, antes, os povos utilizavam conchas, cascos de tartaruga e até mesmo estômago de animais para preparar os alimen-
tos, foi graças à panela rudimentar que o homem percebeu que podia usar a água para cozinhar, esquentar e amolecer o consumo de alimentos até então não duros demais para serem consumidos.
                                   A faca, de origem etíope, surgiu antes mesmo do fogo. era multiuso, pois além de servir de arma, cortava em pedaços os alimentos que os dentes não podiam triturar. Curiosidade: algumas das leis da etiqueta à mesa, surgiram na França, para evitar que acidentes acontecessem no manejo da faca nos banquetes da aristocracia.
                                   A colher surgiu provavelmente três séculos antes da era cristã. Antes dela, eram utilizados galhos e conchas para se alimentar de líquidos e substâncias pastosas.
                                    O garfo seria o caçula deste time de sobreviventes, pois apareceu no século XI, já na Europa. Havia muito preconceito quanto ao seu uso, já que seu formato é análogo ao tridente do diabo, e a Idade Média levava mais a sério os símbolos religiosos. A superstição caiu abaixo quando os italianos passaram a utilizar o garfo para a macarronada, e o costume foi logo associado à nobreza: costumava-se a comer macarrão com a mão, o que, após a popularização do garfo, ficou associado às classes baixas.
                                 Conclui-se que o mundo inteiro passou a usar os instrumentos de uso doméstico, talheres, garfos, facas e panelas, sendo cada povo com seu estilo e sua criatividade.
                               Aqui, no Nordeste, mais, especificamente, onde vivemos, a Paraiba, usamos ainda as panelas de barro (cerâmica), em diversas modalidades e modelos que, servem até de ornamento, Diversos restaurantes, aqui na Paraiba utilizam panelas de barro, pratos e outras peças, como atração para turístas. 
                             Uma das famílias mais tradicionais de nossa cidade, a título de exemplo, posso citar a do primeiro prefeito de Esperança, Manoel Rodrigues de Oliveira que usava em sua residencia peças rústicas feitas artesanalmente, como cadeiras, cristaleiras e faqueiros em prata pura, jarras e jarros típicos daquela época.



terça-feira, 3 de janeiro de 2017


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Visão Aérea da Festa da Padroeira de Esperança - Uma
Noite da Festa da Padroeira - década de 60.
 Publicação do Jornalzinho da Festa
 Que Encantavam a Todos 
 Com suas Brincadeiras e Homenagens
 Com Patrocínio das Principais Casas Comerciais

Era assim, a Festa da Padroeira de Esperança, nos idos anos da década de 60,
que a todos encantava. A juventude sonhava o ano inteiro com essa festa. 
Era um encantamento, alegria, luzes, novidades, parques de diversões funcionando
 com o serviço de som, entoando e apresentando os sucessos da música popular brasileira,
com os principais artista da época. 
Posso relembrar, agora, o inesquecível Parque Maia, com sua roda Gigante e seu Carrossel de Cavalinhos. Era uma verdadeira atração!

Os casais de namorados, todos bem vestidos e perfumados, com o perfume do lançamento da época.

O Pavilhão da Festa, organizado por Hilda Batista, que começava a funcionar
da terceira noite até o encerramento da festa que sempre acontecia no domingo. A vibração de todos os frequentadores do Pavilhão, entusiasmados pelo vitória do cordão azul ou vermelho.
As garçonetes bem trajadas, com roupas confeccionadas e adequadas para a festa tinha um papel
por demais interessante: Levar bilhetes que os rapazes escreviam para determinadas moças,
eram mensagens curtas e gostosas!

A Festa da Padroeira era gostosa, do começo ao fim.

A Barraca de Cachorro Quente de seu Olivio Damião marcou época, a ponto de se transformar num ponto de encontro dos jovens e casais enamorados, para lancharem.

Ao terminar a festa, ficava em cada coração, de cada jovem ou de cada moça, a saudade da festa inesquecível. Foram-se os vários anos de festa da padroeira que não voltam nunca mais.