terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A Inauguração do Prédio da Prefeitura - Ano de 1937.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto do Edificio Sede da Prefeitura de Esperança Inaugurado em 1937. 


Ainda dentro da celebração dos 90 anos de Esperança, achei interessante e oportuno publicar a cópia da Ata da solenidade de Inauguração da prédio da prefeitura de Esperança, fato esse ocorrido durante a segunda gestão administrativa do município, quando o prefeito municipal era o sr. Teotonio Tertuliano da Costa, substituindo Manuel Rodrigues de Oliveira.

Verifica-se, no conteúdo do texto do referido documento que aquela solenidade foi prestigiada pelo então governador do Estado, o Dr. Argemiro de Figueredo e seu secretariado. Presentes as mais ilustres pessoas da sociedade esperancense, entre elas, o comerciante Francisco Bezerra Cavalcante, José Souto, professora Adiles Urbano da Silva, Teotonio Cerqueira da Rocha e outras pessoas importantes da nossa sociedade, além de representantes do poder judiciario e representantes do Conselho Administrativo Municipal.

Vale ainda mencionar o registro da narração dos cômodos e compartimentos daquele edifício, onde iriam funcionar o Conselho Municipal, o Poder Judiciário do Termo da Comarca de Areia e demais funcionários.

Registre-se ainda para aqueles que não chegaram a conhecer aquele prédio, era o ponto referencial da cidade, o prédio mais elegante e mais imponente da cidade que subsistiu até a década de 70 e,  posteriormente, para dar lugar à Agência do Banco do Estado da Paraiba (PARAIBAN) e, por último, à Agencia do INSS.

Esperança, 90 Anos de Sua Emancipação Política.

Fatos e Fotos Que Fizeram a História de Esperança
 Primeiras Autoridades do Municipio de Esperança - de pé, Coronel Elizio Sobreira e Inácio Rodrigues. Sentados, Manoel Rodrigues e Teotonio Tertuliano da Costa
Casa Residencial do Primeiro Prefeito de Esperança

Esperança, nesta data, 1º de Dezembro de 2015, completa 90 anos de emancipação política. A data é histórica e significativa para o municipio. Hoje, terça-feira é feriado municipal, instituído por lei municipal. Essa Lei só passou a existir, na década de 60, quando o gestor era Luiz Martins de Oliveira.

Tudo aconteceu muito lentamente. O Primeiro prefeito, Manoel Rodrigues de Oliveira só tomou posse no dia 31 de dezembro de 1925, juntamente com o vice-prefeito Teotônio Tertuliano da Costa. Isso nos faz entender que a data é alusiva ao ato governamental, oficializando a emancipação do município, que era pertencente a Alagoa Nova.

Não significa dizer que, pelo fato de ter sido emancipado o nosso município, em 1º de dezembro de 1925, a administração municipal começo efetivamente naquela mesma data. Como tudo era mais difícil, em termos de tecnologia, para aparelhamento da máquina administrativa, Esperança continuou se espelhando pelo município de Alagoa Nova, principalmente, no que tange às contas públicas, isto é, o balancete e, pouco tempo depois, o prefeito assinou decreto, determinado que as prestações de contas do município fossem regidas pelas de João Pessoa, posso dizer melhor, copiadas do sistema da capital.

Assim, o município, lentamente, foi tomando rédea. Só no começo da década de 40, passou a ter feição de cidade independente, na prática.

Vejamos como os atos administrativos eram lentos, demorados: Dois anos depois, no ano de 1927, foi criada a primeira escola noturna. O prédio da prefeitura foi inaugurado em 07 de setembro de 1937, já sob o comando da segunda gestão, com o Sr. Tetônio Tertuliano da Costa. O primeiro reservatório de água do município foi inaugurado pelo então Interventor Federal, Ruy Carneiro, no ano de 1941.(Reservatório 16 de Agosto); A primeira Escola Pública Estadual, Grupo Escolar Irineu Joffily, foi inaugurado na segunda metade da década de 30. A primeira praça da cidade foi inaugurada na década de 40 ( Praça Getulio Vargas). A energia elétrica em 1959,  o primeiro hospital-maternidade, em 1960, o saneamento de água, o sistema de telefonia, estrada asfaltada, no começo da década de 70.

Hoje, Esperança é um município que polariza uma região, tem um comercio desenvolvido, industria, dezenas de escolas municipais, é sede de um Pelotão da Policia Militar, além de contar com cinco bairros e três Distritos, com uma população de mais de 31 mil habitantes.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cristóvão Gabínio, Um Esperancense Noutras Plagas


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Noticia da Morte de Um Esperancense - 1996

Cistóvão Gabinio de Carvalho, um esperancense que deixou a sua terra natal em busca de realização de seus sonhos. Cristóvão, como era mais conhecido em sua terra e no seu ambiente de trabalho, Lá nas terras fluminenses, saiu de Esperança, no começo da década de 50. Era filho de José Valdez do Nascimento, irmão do meu pai, Patricio Bastos, Tinha dom de escrever bem. Lá no Rio de Janeiro, mais precisamente em Niteroi, concretizou seus sonhos. Escrevia para um jornal "Fluminense", poucas vezes esteve em Esperança nos visitando. Lembro-me que a ultima vez foi antes do seu falecimento, na década de 90. Faleceu aos 64 anos de idade. O comentário do próprio jornal acima nos relata melhor sobre Cristóvão.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Propósito do Livro Sobre Zazá.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Capa do Livro Sobre Zazá - Homenagem de seu Filho - 2015
Foto do Professor Zazá Diante deu Alunado- Década de 60 
Foto de Zazá Jogador do América ao Lado de Chico Pata - Década de 70.

Louvo a iniciativa do filho de Zazá, Bruno Bezerra, ao escrever uma homenagem ao seu pai, neste ano em que se decorre. Entendí que não se trata de uma obra literária, como assim fala o autor do livreto, mas, o reconhecimento valoroso da personalidade do pai que se popularizou na cidade de Esperança pelas histórias e piadas engraçadas que rolaram entre os bate-papos, nas esquinas e praças esperancenses, durante toda a sua trajetória vivida no nosso meio.

Djarbas Bezerra Cavalcante, ainda muito jovem, foi professor de matemática do antigo Ginásio Diocesano de Esperança, como demonstra a foto a cima, sendo, na fileira da frente, em que figuram os professores da época, da esquerda para a direita, o terceiro. esse fato ocorreu na década de 60, mais precisamente, no ano de 1965, em que eu era seu aluno, cursando a quarta série ginasial. Foto alusiva ao encerramento do ano letivo daquele ano. Vale salientar que era pontual e rigoroso.

Zazá, filho de seu Chico Bezerra dos Couros, apelido esse nascido da atividade comercial de seu pai que era proprietário de uma loja de produtos de couro para sapateiros (fabricantes de sapatos). Zazá herdou de seu pai o interesse pelo trabalho, a honestidade que é ainda peculiar de toda a família.

Na última foto, Zazá jogador de futebol, zagueiro do América de nossa cidade, ao  lado de seu companheiro, Chico Pata, atacante. O primeiro era um carrasco na zaga, o segundo, tinha como marca a velocidade. Isso era na década de 70.

A outra passagem na vida de Zazá, depois que abandonou o futebol, casado, pai de filhos, passou a ser um grande produtor de batatinha, na região de Timbauba, zona rural do nosso município, onde seu pai nasceu e deixou uma boa propriedade de terras férteis.

Pois bem, quem conviveu com Zazá, sabe das suas características e de tantas outras funções que exerceu na nossa cidade.

  

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Praça Getulio Vargas - 74 anos de Sua Inauguração.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Antiga Praça Getulio Vargas da Década de 40

       Cópia da Ata da Solenidade de Inauguração da Praça em 1941

A foto acima nos mostra um dos espaços públicos de nossa cidade, como iniciativa do então gestor Dr. Sebastião Vital Duarte, que era uma das figuras mais ilustres de Esperança, médico, esperancense, de família representativa do nosso município. Para a edificação daquele belo monumento público, foram desapropriados diversos prédios antigos, para dar lugar àquele espaço aconchegante que, por muitos anos, serviu de ponto de encontro dos esperancenses.

A praça foi inaugurada no dia 10 de novembro, justamente há 74 anos, data aquela alusiva ao quarto ano de instalação do Estado Novo, em que ficou promulgada a nova Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil, com a denominação, significando o surgimento de um novo Estado Brasileiro, sob a administração do então presidente Getulio Vargas. Discursou, naquela ocasião, na condição de orador oficial, o sr. Severino Alcântara Tôrres, solenidade aquela abrilhantada pelas presenças de autoridades civis e religiosas e pessoas representativas da sociedade esperancense, a exemplo de Joaquim Virgulino da Silva (Suplente de Juiz de Direito), o Padre João Honório de Melo (Vigário Paroquial), Theotonio Tertuliano da Costa, Francisco Souto Neto, Fausto Bastos e José Carolino Delgado.

A praça foi uma homenagem ao presidente da república e o pavilhão era constituído de um bar e um coreto no teto superior. A praça passou a ser ponto de referencia para diversos endereços, cujo ponto norteava a quem procurava encontrar determinada loja ou determinada rua.

Lamentavelmente, aquele espaço privilegiado de nossa cidade tombou sob a força e o péssimo desmando político que se sucederam ao longo do tempo em nosso município, como temos presenciado a derrubada de diversos patrimônios públicos históricos de nossa cidade.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A Juventude em Cada Época Diferente - NO CAOBE.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Festa no CAOBE - Década de 70 - Características Próprias da Época.

A sociedade sempre lançou, em cada época, estilos e características diferentes. A cada década vivida, uma maneira convencionada de se vestir, embora passageira, porém, aceita pela juventude. A juventude nunca deixa de acompanhar os lançamentos de manequins famosos que caiem no gosto popular. É o que chamamos de moda.

A moda masculina marcou época com o modelo de roupa (calça, camisa, palitó, sapato, etc). A foto acima nos faz lembrar a moda acompanhada pelo juventude, na década de 70: Cabelos longos, palitó xadrez, calça boca de sino, sapato cavalo de aço.

Essa juventude a que me refiro está aí espelhada na foto, numa festa do CAOBE. Essa é apenas uma amostra, diante de tantos modelos que surgiram. Da esquerda para a direita, estão Joacil Marcos dos Santos, Vamberto Costa, Nicácio Anizio, Marinaldo Elias e Doro (Leodoro Honorato dos Santos) . Estavam alí, naquela festa, trajados a rigor, por exigência da organização da festa - "Traje a Rigor " - e quem não queria participar de uma festa naquele estilo?

Para entrar no CAOBE, em certas ocasiões, só de palitó e gravata. Quem não tinha palitó, nem gravata, tomava emprestado a quem tinha. Quem não costumava usar tal idomentária, sabia quem assim usava e ia pedir emprestado, mas não perdia a festa por esse motivo.

Em cada década, cada época da nossa vida, os costumes sociais mudam e ficamos a recordar a docilidade de cada tempo vivido.



Professora Arline Medeiros - A Lembrança de Uma Competente Professora.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Foto da Professora Arline Medeiros - A Primeira da Esquerda para a Direita.
Década de 60.

                                         Professora Arline Medeiros chegou a Esperança, no começo da década de 60. Pessoa simples, humilde, experiência em sala de aula, ao mesmo tempo em que assoberbava o seu tempo com os afazeres de dona casa. Isso era normal. Praxe da época. A mulher devia ter o dom dos afazeres domésticos. o que posso dizer que era uma mestra do lar. Isso dona Arline tinha. Educar os filhos, dando-lhes os primeiros ensinamentos da vida, dentro de casa.

                                            Fui aluno de dona Arline na época em que só se saia do nível primário, se cursasse o "Admissão", no antigo Ginásio Diocesano de Esperança. Era a preparação para o nível médio, como assim podemos chamar, hoje. O nível médio ainda não existia na legislação federal, mas era o Curso Ginasial.

                                      Não me lembro que matéria Dona Arline lecionava. Sei que era uma excelente professora, carinhosa para com todos os alunos. Trazia dentro de sí  a meiguice de uma mãe. Deixava sempre nos transparecer que os ensinamentos de dentro de casa, eram transportados para a sala de aula.

                                             Os filhos de Dona Arline entrosaram-se rapidamente na sociedade esperancense, fizeram o seu ciclo de amizades, e, por todos os seus amigos e amigas eram considerados como gente de bem. Alguns dos seus filhos posso mencionar, agora: Djarbas e Oswaldo (Bebé) craques do América, sem esquecer as meninas que seguiam o mesmo ritmo da mãe.

                                                 Lamentavelmente, Dona Arline faleceu no mês passado. Agora só as lembranças ficam.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O Barbeiro, Uma das Profissões em Extinção.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto do Barbeiro Zé Costa Fazendo a Barba de Chico Braga - (década de 60)

A modernidade faz desaparecer fatos, coisas, transforma atividades informais e apaga certas imagens que vivemos  no passado, não existem mais como fato concreto, nem na nossa lembrança. 

As fotos resgatam esses fatos, nos levam ao passado, mas é preciso preservar como documentos, não apenas como lembranças. A foto acima é uma das milhares escondidas nos baús de muita gente. Era a década de 60, ainda não havia chegado à nossa sociedade salões de beleza, requintados, movidos à internet, aos utensílios eletrônicos, ao ar condicionado e às ornamentações exóticas que são chamadas de modernas.

A imagem que vemos retrata a época romântica do uso de barbearia, em que só os homens frequentavam para fazer a barba, cortar o cabelo e ajeitar o bigode. O barbeiro não recebia o nome de cabeleireiro. Usava-se a espuma de barba, a loção pós-barba, a tesoura apropriada para barbeiro, a navalha era importada, de preferencia da marca alemã. O barbeiro era bem vestido, usava roupa esporte fino, gravata e, ele, também, era perfumado, bem penteado, sem esquecer que se usava brilhantina, enquanto que, hoje, usa-se creme de pentear das mais diversas marcas e finalidades.

Havia, nessa época, em Esperança, várias barbearias e nenhum salão de beleza feminino. Havia os barbeiros mais conhecidos e mais famosos em que elite frequentava. Entre esses mais famosos posso citar alguns: Zé Costa (o da foto), Josias, Luiz Barbeiro, Severino de dona "Chiu".

Cada pessoa tinha o seu barbeiro preferido. Chico Braga era cliente de Zé Costa, como vemos na foto. Um fato interessante é que o barbeiro já sabia que tipo de corte de cabelo cada cliente gostava.

O barbeiro Zé Costa tinha um cliente especialíssimo. Ia cortar o cabelo do padre na casa paroquial. O padre daquela época era Manoel Palmeira da Rocha. Que privilégio! Outros cortavam o cabelo do Juiz de Direito, a exemplo de Josias barbeiro. Esse é um dos fatos ou um dos detalhes da historia de Esperança que poucas pessoas podem contar.



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Uma Recordação Cinquentenária - O Pé de Manga do Antigo Ginásio Diocesano de Esperança.

Fatos e fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto Recente para Recordar os Velhos e Bons Tempos do Antigo Ginásio Diocesano
Uma Recordação Cinquentenária - O Pé de Manga do Antigo Ginásio Diocesano.

O pé de manga plantado na lateral direita do antigo Ginásio Diocesano de Esperança foi testemunhas de nossas brincadeiras, de nossas meninices, nos idos anos das décadas de 50 e 60. Estamos nas duas fotos acima, eu, José Edison Rodrigues (Peinha), do meu lado direito e, do meu lado esquerdo, Eliomar Rodrigues, (Cem), ambos, filhos de seu Tutu.

O encontro foi marcado por telefone, concretizado no mês de agosto próximo passado. Tivemos as maiores recordações das salas de aula, do campo de pelada, da cantina, do salão nobre e do velho pé de manga, ainda resistindo ao tempo.

Fizemos questão de tirarmos as duas fotos,em duas dimensões,com o intuito de visualizar melhor o pé de manga,que por sinal, está florando.

Naqueles dias que não voltam nunca mais,aos domingos à tarde,comíamos manga quente e verde, a pelada era o dia inteiro, com bola de borracha, pé descalço. Uma pelada terminava e começava outra, de imediato. Não tinha descanso, nem brigava, nem havia violência. Ao término de cada pelada, "Liga",vendedor de picolé caseiro, estava lá a tarde toda esperando os sedentos craques pra vender picolé de coco, abacaxi e maracujá.

Não havia desigualdade, todos eram quase da mesma idade,16,17,18 anos. os craques eram sempre os mesmos, eu, Tida de Pedro Taveira, Dudé, Cem, Edmilson do carteiro, Damião, João Cabelo de Fogo,e tantos outros que não lembro mais.

A pelada no Colégio e o matinê do  cinema de Titico eram as únicas diversões domingueiras. Agora só recordações, nada mais.



terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Feira de Esperança em Três Épocas Diferentes.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Feira Livre de Esperança na década de 60
 Feira Livre de Esperança - décadas 40/50


Tudo mudou em Esperança. Nada mais é como era antigamente. A feira da cidade, uma das mais tradicionais e movimentadas da região brejeira e das mais frequentadas por pessoas de outras cidades, atraídas pela qualidade da carne e variedade de frutas e legumes, fazem suas compras semanais, costumeiramente.

Na foto acima, a primeira, revemos o panorama da feira de Esperança, na década de 60. Pelo arrojo de pessoas acotovelando-se, nos dá a idéia do que era a feira do sábado. Três detalhes interessantes que visualizamos na primeira foto, que nos mostra o uso de balaios e cestos, e, as barracas cobertas com lona.  Na segunda foto, outro fato marcante: A feira era realizada na avenida Manoel Rodrigues, destacando-se a esquina da Prefeitura e na outra esquina, o antigo "sobrado" que pertencia a seu Genésio Cândido, onde tinha, em sua esquina, a "bomba de gazolina". Na esquina da Prefeitura, o ponto de parada de ônibus, o ponto de partida para Campina Grande. O único ônibus da cidade era de seu Neco de Jonas.

Na ultima foto, a mais atual, data do ano 2000, há 15 anos, a mudança da feira para a frente do campo do América, onde existe até os dias atuais. O detalhe da mudança é que as barracas são cobertas com lonas sintéticas, coloridas. Quem viveu essa época e que mora fora de Esperança, há bastante tempo, não imagina quanta mudança já houve em nossa cidade.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

João Augusto, Um dos Maiores Incentivadores do Esporte em Esperança.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
  Foto do América com Jovens Jogadores Incentivados por João Augusto - década de 60
Foto Atual de João Augusto aos 89 Anos e seu Filho Gilson.

Podemos afirmar com convicção que os esporte esperancense nasceu com o São Cristóvão Futebol Clube e, posteriormente, com o América Futebol Clube sob o empenho total de três cidadãos esperancenses, amantes do esporte, especificamente o futebol, os senhores José Ramalho da Costa, Francisco Claudio de Lima (Chico de Pitiu) e João Augusto, esperancenses da gema, que viveram a sua juventude no meio social e esportivo da nossa cidade.

João Augusto, como foco deste comentário, sofreu as agruras da desvalorização por que passa todo esperancense. Viveu intensamente a vida social de sua cidade, com a participação não apenas no esporte, mas, como co-fundador do CAOBE, onde passou vários anos dedicando-se de corpo e alma a aquele entidade social, promovendo as mais animadas festas sociais da cidade, como sejam: Carnavais e festas juninas.

Amava o América Futebol Clube, doando-se na incentivação dos jovens à pratica do futebol, inserindo-os no quadro principal do time.

Entre outras atividades exercidas na sua cidade natal, foi um dos mais antigos carteiros dos correios, com a missão, quem sabe, de entregar as velhas cartas de amor das moças enamoradas, que ansiosamente, esperavam a passagem de seu João com um pacote de cartas. Lembro-me que presenciei, alguma delas perguntar ao velho carteiro: "Tem alguma coisa pra mim, hoje? Conhecia todas as ruas e todas as pessoas, inclusive pelo apelido. 

Educou a familia sob o principio da honestidade, amor filial e respeito. Originado de familia simples e humilde. Lamentavelmente perdeu o seu braço direito, dona Socorro, uma guerreira, social, comunicativa e alegre.

João Augusto, com o fim de oferecer melhores dias à sua familia, radicou-se em João Pessoa, onde vive atualmente, cercado de carinho de seus filhos, genros e netos, Hoje, João Augusto, aos 89 anos de vida, gozando de boa saude física e mental, continua participando da vida social, sem esquecer o amor que sente por sua terra natal. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Casamento de Adauto Rodrigues e Lalá Há 52 Anos.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto do Dia do Casamento de Adauto Rodrigues - 1.961

Da década de 60 para os dias de hoje, tudo mudou. Ficam as lembranças guardadas, mais na memória do que no registro de solenidades e fotos. As fotos, naquela década, eram raras. Era necessário contratar um fotógrafo. Na década de 60, o único fotógrafo oficial para as solenidades de casamento era Chico Braga, e, em segunda hipótese, Antonio da Serra.

A foto acima é uma das relíquias da década de 60. Relembramos determinados momentos vividos por pessoas do nosso convívio social, através de fotos em preto e branco. 

Há 52 anos, precisamente no dia 31 de julho de 1961, Adauto celebrou o seu enlace matrimonial com a jovem Eulália Barbosa de Araujo. Ele, aos 26 anos de idade e ela, aos 19 anos de idade. Relata Adauto que esse fato aconteceu numa quarta-feira, na Capela do Riacho Fundo, cuja solenidade foi presidida pelo então administrador paroquial Pe. Manoel Palmeira da Rocha.

Um detalhe interessante na história desse casamento: O terno de "gazemira" foi feito por um dos principais alfaiates da cidade, Silvestre Batista. Como naquela época ninguém sabia fazer o nó da gravata, Adauto, fazendo parte do rol  dos que não sabiam dar nó de gravata, socorreu-se de seu Irineu Rodrigues, para esse fim. Seu Irineu caprichou na perfeição do nó.

Um outro detalhe que se tornou inesquecível para Adauto: Os noivos foram conduzidos até aquela localidade - Riacho Fundo - pelo motorista de praça da época, "Toinho de Valdemar" (genro de Valdemar Cavalcante), no automóvel de luxo, um "Sinca" pertencente ao Dr. Silvino Olavo. A solenidade foi testemunhada pelo médico do antigo SESP, Dr. Roberto e pelo comerciante João Cândido Costa. Isso significa que, amanhã, dia 31 de julho de 2015, Adauto comemora 52 anos de casamento.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Creche Santo Antonio - A Primeira de Esperança.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto do Interior da Creche Santo Antonio de Esperança - 1985


A Creche Santo Antonio funda por Dona Emilia Rodrigues, esposa de Eliziario Costa, foi a primeira instituição oficial de assistência a crianças pobres de Esperança, fundada na década de 70, sob os auspícios da LBA(Legião Brasileira de Assistência), hoje, extinta pelo governo federal.

Dona Emilia construiu aquele prédio da antiga Creche com esforços incomuns, escrevendo para os órgãos federais competentes, socorrendo-se, também, de ajuda da Prefeitura Municipal.

A Creche Santo Antonio foi a primeira a existir em Esperança, situada na rua Joaquim Virgulino da Silva, antiga rua do cemitério. Como vemos na foto acima, um dos momentos de acolhimento de crianças, numa festinha de aniversário. Hoje, todas as crianças existentes na foto são adultos, muitos residindo fora de Esperança, pais de família e profissionais nas diversas áreas de atuação.

Na foto, avistamos a assistente social Lourdinha Bastos, fazendo o seu trabalho de colaboração àquela Creche. Era o ano de 1985.

Infelizmente, a Creche, sem recursos, sem apôio dos poderes públicos, foi perdendo o seu campo de atuação e de atendimento à clientela infantil, até fechar as suas portas definitivamente.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Budega, o Sistema Comercial em Decadência - Seu Pedim, o Rei do Queijo.


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto da Mercearia de "Seu Pedim" o Rei do Queijo - década de 50.

Eis aí o retrato do sistema comercial das décadas de 50 e 60. A mercearia não tinha razão social, mas isso não era interessante para a população. Era o sistema de "budega" que predominava em todo o Nordeste brasileiro, principalmente nos recantos interioranos da nossa Paraiba.

A budega não tinha nome, mas recebia o nome dado pelo cliente que era o nome do dono daquele negócio. Eram dezenas de budegas espalhadas por quase todas as ruas de Esperança. No centro da cidade, situavam-se as budegas mais equipadas,consideradas modernas,"Chiques", como a budega de seu Pedim, onde se encontrava o melhor queijo da região,vindo do Sertão e da região caririzeira. Queijo de Qualho e Queijo de Manteira, manteiga de garrafa e tantos outros produtos que atraiam a melhor freguesia da cidade.

Seu Pedim, como era conhecido, Pedro Alves Sobrinho, nascido na região de Lagoa de Pedra deste município. logo cedo seus pais vieram morar na cidade, instalaram-se na avenida principal, a Manoel Rodrigues de Oliveira, residiram alí, até a extinção de seus pais, todos casaram e foram residir fora de Esperança. Todos viveram do comercio, mercearias, porém, seu Pedim teve maior destaque, desenvolveu no ramo de cereais.

A foto em destaque, apresenta-nos uma noção de como era organizado aquele sistema comercial, hoje, em decadência, face ao aparecimento do sistema de supermercado. Seu Pedim, do lado direito, e seu irmão, Alfredo, do lado esquerdo, de chapeu, trabalhavam juntos. Todos faleceram, e com eles, o sistema comercial. 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

As Festas Tradicionais de Esperança Eram Inesquecíveis na Década de 50.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

 Foto de Um Baile da Sociedade Esperancense - Década de 50

Foto de Festa Junina no Salão Nobre do Grupo escolar Irineu Jofilly - 1957.


Na década de 50, Esperança não tinha nenhum Clube Social para realizar as festas dançantes, porém não era esse o motivo para se deixar de lado a realização de grandes e animadas festas sociais, envolvendo os casais da elite esperancense e jovens casais de namorados.

Na primeira foto acima, uma lembrança, com certeza, infindável, para aqueles que participavam daquelas festas, ainda hoje recordando com emoção aquelas noites. Alí, naquela foto, nota-se o valor que  davam às festas, todos bem vestidos. Era uma festa (um baile) social. no salão do Grupo Escolar Irineu Jofilly - década de 50. 

Daí, é que se diz que Esperança era grande, quando era pequena. A cidade não dispunha de energia elétrica, nem água saneada, nem meios de comunicação, como sejam: Telefone, emissora de rádio, com raríssimos meios de transportes, sem estrada asfaltada, etc. Mas, a festa de salão, hoje, festa de clube, não faltava, nas principais datas comemorativas do ano, entre elas, as mais tradicionais, como carnaval, São João e as festividades de fim de ano.

Na segunda foto, naquele mesmo salão do Grupo Escolar, um panorama de festa junina do ano de 1957, os casais postos no recinto, prontos para começarem a tradicional quadrilha, todos trajados a rigor (roupagem considerada matuta, na época). Cada casal se vestia como queria, porém, combinavam-se entre eles para ninguém se apresentar com trajes iguais, homens e mulheres. Era uma verdadeira festa fantástica, deslumbrante, para torná-la inesquecível. Era a época de ouro de Esperança.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Velhas Cartas de Amor, Um Costume em Extinção.

Fatos e Fotos que Fazem a História de Esperança

Foto Modelo de Uma Carta de Amor.

Dia dos namorados me trouxe à lembrança dos dias em que se escreviam cartas de amor.

Lembro-me que nos anos 50, 60 e até a década de 80, as casas de miudezas vendiam cartas já prontas para os namorados e noivos apaixonados, em Esperança, meu pai era proprietário de um armarinho de miudezas e perfumarias, porém, tinha de tudo para vender. A cidade ainda não havia adotado o sistema moderno de supermercado.

Nos fins de ano, mais precisamente, no Natal e nas festas de ano Novo, era costume dos casais de namorados e noivos enviarem cartas de amor. Mesmo aqueles que não sabiam escrever ou não tinham inspiração para escrever uma carta de amor, comprava a carta já pronta, impressa, com frases das mais variadas, capazes de emocionar a pessoa amada.

O estilo da carta, variava de acordo com o sexo da pessoa que enviava e da pessoa que recebia. Por exemplo: Uma moça que enviava a carta para o seu namorado. enfeitava o papel com figurinhas de flores, coração transpassado com uma seta e, muitas vezes, colocava uma pétala de rosa perfumada dentro do envelope, simbolizando a expressão de um grande amor.

Para aqueles que não sabiam ler, o comerciante tinha que ler a carta ou várias cartas para êle escolher uma. A que lhe tocasse mais o coração e expressasse maior sentimento de amor,  era a que escolhia. A carta de amor também era acompanhada de um presente, geralmente, uma caixa de sabonete com três unidades, a mais procurada era a que estava em evidência na época, como "sabonete alma de flores", sabonete orquídea, etc.

A Agencia do Correio de Esperança fica super movimentada e abarrotada de cartas, todas para serem entregues no mesmo dia. 

Infelizmente, o modernismo aniquilou o antigo costume romântico, ningém escreve mais para ninguém. Tudo, hoje, é virtual, "on line".

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Dias dos Namorados, Uma tradição Secular.


Fatos e Fotos que Sempre Fazem a História de Esperança

Uma Breve Recordação do Dia dos Namorados em Esperança.


O dia dos namorados é uma tradição apaixonante, especificamente de dedicada aos casais de namorados.

Em vários países, esta data é comemorada. No Brasil, a data apresenta uma história peculiar entre brasileiros. Essa data está relacionada ao frade português, Fernando de Bulhões (Santo Antônio), hoje, um dos santos mais populares da Igreja. Não há lugar deste país que não se comemore o dia dedicado a Santo Antonio, especificamente, nas regiões interioranas do nosso Nordeste. 

Frei Antônio sempre destacava a importância do amor e do casamento. Em função de suas mensagens, depois de ser canonizado, ganhou a fama de "santo casamenteiro". Portanto, em nosso país, foi escolhida a data de 12 de junho por ser véspera do dia de Santo Antônio (13 de junho). Assim, como em diversos países do mundo, aqui, também, é tradição a troca de presentes e cartões entre os casais de namorados.

Em Esperança, o dia dos namorados sempre foi marcante, principalmente, para a juventude. O comercio ficava mais movimentado. Os comerciante se preparavam para apresentar as novidades em suas vitrines, que atraiam enamoradas e enamorados. Os presentes eram comprados em segredo. Avisava-se ao dono da loja que não dissesse a ninguém o que tinha comprado. Em certas ocasiões alguns namorados apaixonados, querendo descobrir o que ela tinha comprado, fazia a seguinte pergunta: "Fulana já esteve aqui comprando alguma coisa?" Era um dia em que se enchia de segredinhos. 

Nas décadas de 50 e 60, ainda não existia celular, nem internet, para enviar mensagens de amor eletrônicamente. Os cartões e cartas apropriados enchiam o correio da cidade  e a ansiedade tomava conta dos jovens apaixonados, para o encontro noturno, na casa da amada, quando trocavam presentes que eram entregues afetuosamente.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Esperança, Terra de Grandes Sanfoneiros

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

  Manoel Tambô - O Mais Antigo Sanfoneiro Ainda no Nosso Meio.

Severino Medeiros - Sanfoneiro Esperancense.

Esperança é terra de grandes artistas, músicos, cantores, artistas plásticos, artesãos, pintores, escultores, sem esquecer os grandes talentos na literatura, no teatro, no esporte e profissionais da comunicação.

Podemos enfocar, agora, em face dos festejos juninos que se aproximam, os grandes sanfoneiros e músicos do forró, entre eles, podemos relembrar alguns forrozeiros do passado: Sebastião Mateus, Luiz Mateus, ambos tocadores de forró, dos bailes do antigo cabaré de Esperança, na época de Nana Bizouro e Biró, na antiga rua da urtiga (hoje,13 de maio). eram eles  os músicos oficiais dos antigos forrós na periferia de Esperança e nos circos que aqui chegavam.

Numa geração mais recente, destacam-se Manoel  Genuino Carneiro, nascido no sítio Cinzas deste municipio de Esperança, que ficou apelidado de "ManoelTambô", de família tradicional de músicos e sanfoneiros, que, com o desenvolvimento na área musical, formou uma das mais conhecidas bandas desta região: "Banda Estação da Luz",que fez grande sucesso em toda a Paraiba e outras regiões. 

Severino Medeiros, na segunda foto acima, outro grande músico, natural de Esperança, onde viveu sua infância e juventude, tocando pelas madrugadas silenciosas de nossa cidade, em serenatas, acompanhando grandes seresteiros, animando festas de São João e famosos forrós de nossa terra.
O músico severino Medeiros era conhecido como Severino de Olegária, nome esse de sua genitora. Severino radicou-se em Campina Grande, fazendo grande sucesso nas principais emissoras de rádio de Campina Grande, como a rádio borborema e a rádio caturité. Hoje ainda em atividade goza de grande prestígio no seio musical de Campina Grande.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Francisco Braga Sobrinho e a Arte de Fotografar.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

 Foto de Francisco Braga Sobrinho (Chico Braga) - década de 60
Foto de Francisco Braga Sobrinho (Chico Braga) Fazendo Registro de Fatos em Esperança.

Fotografar, antes de ser profissão, é uma arte. Certo fotógrafo profissional procurou definir a arte de fotografar, dizendo: "Resolvi tecer em luzes uma imensidão de cores e texturas; para tal empunhei meu equipamento e vislumbrei um mundo mágico de possibilidades: o pássaro alimentando seus filhotes no ninho, o gato "banhando-se" na tarde ensolarada, as árvores bailando ao som do vento,os trilhos com seu frio metal por onde passa a Maria Fumaça, as águas tranquilas da lagoa cristalina, as nuvens desenhadas no azul do céu e o sol se pondo no horizonte. Após levantamento das pedras coletadas, separei umas, guardei outras, desperdicei algumas. as que sobraram lapidei com calma, ousadia, sensatez e habilidade. Desta forma produzi lindas joias, obras de arte cravadas em papel; a esta dei o nome de FOTOGRAFIA.

Depois que li o texto, imaginei que Francisco Braga Sobrinho, mais conhecido no nosso meio social esperancense como "Chico Braga" tivera feito a mesma coisa, senão, coisas parecidas, no começo de vida profissional, como fotógrafo, em Esperança. Não quero dizer que a sua profissão começou em Esperança, pois, a sua arte de fotografar veio do berço. Tinha olhos para enxergar o que muitos não viam, aperfeiçoar sorrisos, tirar rugas, colocar brilho nos penteados e fazer o encache certo, preciso, quando mirava tudo que queria fotografar .

Chico Braga chegou a Esperança nos idos anos 50, como quem tivera encontrado os objetivos de sua vida. Casou, constituiu família. Desse fato, surgiu, naturalmente, a família "Braga Brandão". Passou a ser uma pessoa das mais conhecidas em todo o município de Esperança, fotografando festas de casamento, batizados, solenidades cívicas, e, aos domingos, no Estadio José Ramalho, registrando, espontaneamente, as apresentações do América.  Acredito que Chico Braga unia o últil ao agradável. Em outras palavras, posso dizer: Juntava o prazer de fotografar à utilidade da fotografia. Para êle, o exercício de uma profissão/arte, e, para os fotografados, uma recordação inapagável.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Fusca, o Carro da Boemia na Década de 60.


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Fábrica a Primeira Fábrica de Automóveis do Brasil - 1959

Didí de Lita e seu Fusca em Esperança- década de 60

Existem fatos no Brasil que se tornaram inesquecíveis e ficaram para a história. O desenvolvimento da industria no Brasil, encantou os brasileiros, principalmente os boêmios. 

Vejam bem! Em 23 de março de 1953, exatamente há 62 anos, com um capital inicial de 60 milhões de cruzeiros, VW fundou sua filial brasileira. em novembro de 1957 estavam prontas as suas instalações no município paulista de São Bernardo do Campo. Com a produção média de oito unidades por dia, no mesmo ano a VW lançou o seu primeiro veículo no Brasil: a Kombi. Seu nome deriva de "combinado", isto é, veículo que combina transporte de passageiro s e carga. Tinha grande capacidade interna de carga (810Kg, mais tarde elevada, de acordo com os aumentos de potência de seu motor), pequena distancia entre eixos, duas amplas portas laterais e uma porta traseira que dava acesso a uma espécie de porta-malas sobre a plataforma do motor. Na primeira foto acima, uma amostragem da primeira fábrica de fusca no Brasil. Nessa época, os carros eram pretos.

Esse evento tomou conta do Brasil, atingido todas as classes sociais. A fusca popularizou-se, a ponto de se transformar no carro para todos os fins, viajar, passear, conduzir a família e fazer deslocamento para o trabalho, isso nas grandes cidades. 

Nas pequenas cidades, a exemplo de Esperança, os boêmios faziam tudo para adquirir um fusca, pois era o carro do ano. Didi de Lita o boêmio maior de nossa cidade não podia fazer as suas travessuras de boêmio, sem um fusca. Valia apena posar para uma foto junto de seu fusca. Era o orgulho de ter um fusca, não apenas um carro. Carros outros existiam da Ford e Chevrolet, mas o fusca era o carro que caia bem para a boemia. Quem viveu aquela época, sabe o prazer que se tinha de possuir um fusca. Saudosa memória!

quinta-feira, 19 de março de 2015

José Ramalho da Costa - Prefeito em Exercício no Ano de 1960.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Cópia da Ata de Transmissão de Poder a José Ramalho


Um fato histórico que muita gente de Esperança tomou conhecimento, porém, não se lembra mais.
Esse é um fato ocorrido no dia 03 de março de 1960, completando justamente 55 anos.
Arlindo Delgado, prefeito recém-eleito, viaja ao Rio de Janeiro para tratar de assuntos de interesse do município, para dar vez e chance ao vice prefeito tomar posse posse e administrar o município por algum tempo.

A solenidade de transmissão do poder municipal aconteceu no salão nobre da Prefeitura, contando com a presença de pessoas da sociedade esperancense, políticos e autoridades daquela época. Estavam presentes, além do prefeito e do vice, o Secretário Geral da Prefeitura, o professor José Nivaldo, o padre Manoel Palmeira da Rocha e o deputado estadual Francisco Souto Neto, bem como, os vereadores eleitos: Antonio Nogueira dos Santos, exercendo o cargo de presidente da câmara, Militina Rodrigues de Almeida, a mais antiga parteira de Esperança, Nelson Andrade de Oliveira (Nelson da Farmácia), Francisco Apolinário, eleito pela comunidade de Areial, Antonio Veríssimo de Souza, eleito pela comunidade de Montadas. Vale relembrar que Areial e Montadas pertenciam ao município de Esperança, tendo pois, dois representantes na Câmara de Vereadores. 

Estavam ainda presentes, Maria da Guia Costa, esposa do vice prefeito José Ramalho, Luiz Martins de Oliveira, ainda sem cargo público, Antonio Coelho Sobrinho, O Exator Federal, Heráclito Mendes da Silva e, por fim, a servidora municipal Adalgisa de Luna Sobreira.

O Prazer de Receber Políticos em Casa - Dorgival Belarmino da Costa.


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto da Visita do Deputado Humberto Lucena na Casa de Dorgival Costa.

Era o prazer que se tinha em receber políticos em casa. A foto acima nos relembrar os bons tempos em que havia na política nacional e, por que não dizer, também, na politica esperancense.
Foram-se os dias das vacas gordas, da confiança nos políticos e da aceitação de uma visita no seio familiar, convidando vizinhos e parentes, para recepcionar um político de nome estadual. 

Na década de 60, o então deputado estadual Humberto Lucena, a convite do então vereador Dorgival Belarmino da Costa, presidente da Câmara Municipal, aliado ao partido daquele deputado - o MDB - Movimento Democrático Brasileiro - com certeza para firmar apôio à sua candidatura à
Câmara Federal, trouxe-o a nossa cidade.

Veja-se bem que o vereador Dorgival Belarmino da Costa, com pretensões políticas, já arregimentava amigos, parentes e conterrâneos para constituir e consolidar seguidores e simpatizantes à candidatura do deputado. Por sua vez, Dorgival já era um pretenso candidato à vice prefeitura, fato esse concretizado, sendo eleito vice prefeito de Esperança ao lado de Luiz Martins.

Na foto acima, verifica-se que, naquele momento o deputado dirigia a sua palavra aos presentes. Além de Dorgival, estavam Luiz Pereira da Costa ( Licínho) que era irmão do Dr. Nino Pereira, Dona Nevinha, esposa de Dorgival, Maria Nazaré Cunha (Naza), Chiquinho Cunha, Beinha, filho de Dorgival e pai do nosso amigo Rau.

Diante da calamidade pública na politica brasileira, hoje, a declarada e visível corrupção dos políticos, ninguém tem mais o prazer de trazer à sua residência, nenhum político. Tudo mudou de feição, tomou outros rumos lastimáveis, como sabemos.

terça-feira, 17 de março de 2015

Maria Nazaré da Cunha - Naza - Uma das Primeiras Bibliotecárias do Nosso Municipio.




Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Maria Nazaré da Cunha (Naza) Foto Atual.


A cidade de Esperança, depois de sua emancipação política, na década de 20, mais precisamente no ano de 1925, procurou, lentamente, sem recursos materiais e financeiros, fazer a organização administrativa, fazendo a nomeação de seus primeiros servidores municipais, o que significava dar os primeiros passos na administração pública. O trabalho foi lento. Só na década de 40 o município teve suas primeiras eleições para escolha de seus administradores.

No que diz respeito aos serviços públicos, era necessário ter um quadro mínimo exigível de servidores. Na época, meia duzia de funcionários fôra o suficiente, para tocar o barco para frente.

Maria Nazaré, como é conhecida no seio social de Esperança, foi uma das escolhidas pela administração pública, para colaborar e fazer parte da administração municipal, na condição de bibliotecária. Foi a segunda bibliotecária do município. A primeira, foi a filha do então prefeito, Julio Ribeiro, a sra. Maria Auxiliadora. Naza passou por diversas gestões, entre elas, Julio Ribeiro, Joaquim Virgolino, Arlindo Delgado e Luiz Martins, como bibliotecária, até o dia de sua aposentadoria. Naza reside hoje em sua pacata residencia, rodeada de amigas e parentes, no seu silêncio, guardando na memória a historia que ninguém conta.

sexta-feira, 6 de março de 2015

José Ramalho da Costa, Um Empreendedor, Um Vencedor


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto do dia da inauguração do Estádio - José Ramalho com a Faixa para Entregar ao Treze - 1956

José Ramalho na Solenidade de Posse como Vice-Prefeito, ao lado do prefeito eleito Arlindo Delgado- 1959.

                             José Ramalho da Costa, um vulto da história esperancense. José Ramalho da Costa nasceu em 21 de março de 1918, na cidade de Esperança, PB, filho de Antonio Nicolau da Costa, comerciante no ramo de ferragens, e, Rita Lacerda da Costa. Conviveu com três irmãs: Eulália, Celizete e Socorro e um irmão, José Valério. Realizou parte de seus estudos na cidade de Areia. Aos dezenove anos de idade pilotava a primeira motocicleta pelas ruas de Esperança. Jogou futebol ao lado de seu irmão  nos times do Palestra, Botafogo e São Cristóvão.
                             Ramalho, como era conhecido popularmente pela população esperancense, tinha espírito aventureiro, como todo jovem. Era empreendedor e talentoso, desenrolado no dizer popular, bom papo, extrovertido, comunicativo e social. Em 1943, aos 25 anos, instala uma pequena mercearia na rua João Pessoa (Rua Nova). Em 19 de março de 1944, casa-se com Maria da Guia Vieira. Desta união matrimonial nasceram 11 filhos,sendo cinco homens: Ailson, José Ramalho, Anselmo, Francisco e Pacelli, e, seis mulheres: Anilda, Ana Rita, Graça, Terezinha, Joana D'arc e Lúcia.
                              Em 1948, inaugura o Armazém Zé Ramalho, na rua Dr. Solon de Lucena, no centro da cidade de Esperança. Em 1953, inaugura uma filial na rua João Pessoa, esquina com a rua Prudente de Morais. Em 1954, foi um dos primeiros a veranear com sua família na Praia Ponta de Mato em Cabedelo. O Armazém Zé Ramalho continuava se expandindo com as vendas para as cidades de Areia, remígio e Alagoa Nova. Em 1950, José Ramalho é escolhido o presidente do Esperança Clube, associação tradicional na cidade, na sua gestão como presidente do Clube, promoveu diversas festas sociais e dançantes, bailes festivos, ao som de grandes orquestras e montou sua própria orquestra, com músicos de primeira linhagem, entre eles, o saxsofonista, Zé Boneca, 
                                  Dentre outras atividades sociais, Ramalho, no ano de 1954, foi eleito presidente do América Futebol Clube. Uma das metas, era a construção do Estádio sem ajuda dos poderes públicos. Em 22 de janeiro de 1956 é inaugurado o estádio, que era conhecido como um dos melhores do Estado da Paraiba.
                                 Ramalho, como tinha larga folha de serviços prestados ao municipio de Esperança, é escolhido pela sociedade para ser o candidato a vice-prefeito, cuja chapa era encabeçada pelo candidato a prefeito, Dr. Arlindo Delgado. Em 1959, a chapa apresentada é eleita por maioria absoluta, pelo partido PSD (Partido Social Democrático), obtendo 73,96% (setenta e três,vírgula noventa e seis por cento) dos votos válidos, ou seja, num eleitorado 5.107 eleitores, a chapa eleita obteve 2.976 votos, e, o partido opositor, a UDN (União Democrática Nacional) obteve 1.048 votos, ou seja, 26,04% (vinte e seis, vírgula zero quatro por cento), representada pelo senhor Pedro Mendes de Andrade.
                                      Perguntado sobre José Ramalho, Arlindo Delgado disse: "Acho que Ramalho foi, no universo esperancense da época, um fora de série.Era um obstinado. Um vencedor, e, sobretudo, um homem com projetos desenvolvimentistas". Despontava uma nova liderança  política, comentava-se dentro do partido. Houve uma ciumeira, boicotando o seu nome a candidatar-se futuramente. Joaquim Virgolino, ex-prefeito, do partido da oposição, UDN, convida-o para filiar-se ao seu partido, porém, num gesto de hombridade, agradece e sai da vida pública.
                                      Em maio de 1960, José Ramalho, ao lado de seus confiáveis colaboradores, Edmilson Nicolau e João Augusto, extingue o quadro profissional do América. No ano de 1962, na rua João Pessoa , em Campina Grande, é fundada a firma José Ramalho & Cia., no ramo de estivas e cereais. Na época, Esperança precisava de uma casa bancária, uma amizade com os diretores do Banco do Comercio de Campina Grande, na pessoa do Sr. Muniz Alves, foi instalada uma filial do Banco, sendo comemorada com um almoço em sua residência. Ramalho faleceu precocemente, aos 47 anos de idade, no dia 15 de novembro de 1965 e sua esposa, dona Maria da Guia, em 11 de novembro de 2009. 
                                            

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ir à Praia de Tambaú - Uma Gostosa Aventura


Fatos e fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto de Esperancenses na Praia de Tambaú - década de 70

 Estudantes na Praia de Tambaú - década de 60
Turma de Jovens Esperancenses na Praia de Tambaú - Década de 60


Ir à Praia era um sucesso e uma gostosa aventura para os jovens de Esperança. Sempre nos finais de ano, de férias escolares, período pós festa da padroeira, todo esforço era pouco para tão gostoso passeio.

Vemos na primeira foto, acima, cidadãos comerciantes de Esperança se organizavam para um dia de domingo na Praia. A Praia não seria outra, mas, Tambaú, a principal, a mais convidativa, a mais romântica e mais gostosa.

A segunda foto, eramos estudantes, na mesma Praia, juntamente com uma grande turma que fretava uma rural, ou o ônibus da Passos. Acordávamos de madrugada,para chegarmos às 10 horas do dia naquele sol causticante.

A terceira foto, uma turma de jovens também se organizava, não apenas para o banho de mar, mas para uma boa pelada na beira-mar . Nessa foto estão João Grangeiro, Ailson Costa, Sony, Zé leiteiro, Odaildo Taveira, Zazá e Berto Anizio e outros. Era década de 60, a época em que a Praia de Tambaú não tinha edificios residenciais. Orestaurante Elite Bar era a grande atração daquela Praia. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Os Carnavais de Esperança - Saudosa Memória

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

 Grupo de Cidadãos Esperancenses Bricando o Carnaval - década de 60
 Baile de Carnaval no Clube CAOBE - década de 80 
 Bloco das Lias na Década de 80
Grupo de Moças Esperancenses- Massa Real - Década de 80


                                 O povo esperancense sempre teve um espírito festivo, principalmente, quando se tratava de carnaval. Nenhuma das festas tradicionais da cidade era ruim, todas eram imbuídas de animação, de êxito e de participação da sociedade, com os aplausos do povão.

                                 Nas décadas de 50 e 60, os carnavais eram muito animados, recebendo visitantes de outras cidades vizinhas, como sejam: Areial, Montadas, Remígio, Areia, Campina Grande, para assistirem, no domingo de carnaval, à tarde, os desfiles de escolas de samba, grupos de batucada (charanga ou bagode), bloco dos índios, bloco "Bom Por Que Pode" organizado por "Novo", Escola de Samba Última Hora organizada por "Luziete", sem se falar no "CORSO' que era o desfile de automóveis da cidade, lotados de foliões.

                         Com o passar do tempo, foram inovando o carnaval, quando, na década de 80, surgiram outros grupos carnavalescos, a exemplo do grupo de rapazes "OS BORÓS e o grupo de moças denominado "MASSA REAL" que abrilhantou o carnaval de rua de Esperança. Entre outros grupos animadores daqueles carnavais, surgiu o "BLOCO DAS LIAS',que persiste até hoje, formados por rapazes vestidos de roupas  femininas.

                                 Na primeira foto acima, década de 60, os cidadãos da nossa sociedade gostavam de cair na folia, fazendo o "MELA-MELA" todos, muito a vontade desfilando nas ruas da cidade, todos melados de pó, Naquele Bloco, posso mencionar algumas figuras esperancenses, como sejam: Francisco Braga, Matias Grangeiro, João Augusto, Israel de Lucena (Agaí), Eliziário Costa, Zé Delgado, Tacisio Câmara, Lapada e outros.  

                                  Hoje, o carnaval esperancense arrasta milhões de jovens, levados por um Trio Eletrico, circulando pelas principais ruas da cidade. Não se tem mais, a participação da elite, com grupos organizados, nem bailes de carnaval. Apenas resta a lembrança de gostosos carnavais, para quem viveu aquelas épocas.