segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Primeiro Balncete do Municipio de Esperança, há 90 Anos.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança


Cópia do Primeiro Balancete do Município
datado de 31 de dezembro de 1926.


Como já havia publicado em outras postagens sobre atos administrativos do nosso
município, essa postagem que agora publico, sobre a primeira prestação  de contas da prefeitura de Esperança, cujo documento completará 90 anos, no próximo dia 31 do corrente mês.

É um documento histórico que nunca foi publicado. Pois, naquele longínquo dia, 31 de dezembro de 1926, fôra prestada, oficialmente, as contas públicas do recém municipio emancipado.

Um fato interessante que me chama a atenção é que foi elaborado pelo então secretário do prefeito, o sr. Theotonio Rocha, primeiro secretário municipal do municipio de Esperança.

Focando cada ítem daquela prestação de contas, nota-se que, quase tudo era pago pela prefeitura,com rendimentos dos parcos impostos e taxas arrecadados durante todo o ano. Senão vejamos, alguns detalhes mais interessantes das despesas pagas com o erário municipal foram pagamento de telegramas oficiais, despesas com a delegacia de policia, despesas com o reservatório de água, o tanque do governo como assim ficou conhecido, aumento da rede elétrica até a rua São Sebastião, compra de uma bandeira nacional, despesas com a posse dos conselheiros municipais; utensílios para o carrocilho (carroça de lixo), despesas com o posto profilático (posto de saude), despropriações de casas velhas, confecção de placas para o ano de 1927, selos para documentos e um relógio para o Conselho.

Assim, diversos fatos ficaram omissos ao publico durante os primeiros anos de administração pública municipal. Vale salientar que, por Decreto do Prefeito, Manoel Rodrigues de Oliveira, adaptou o balancete municipal ao do município de Alagoa Nova.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Joaquim Virgulino da Silva, Um dos Primeiros Líderes Políticos de Esperança.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto do cidadão Joaquim Virgulino da Silva
 Foto de Uma Reunião Presidida pelo Prefeito Joaquim Virgulino
Cópia da Ata da Posse do Prefeito Joaquim Virgulino da Silva

Diversas lideranças politicas de Esperança surgiram do nada. Entre  aqueles personagens da vida vida politica de nosso município, destacou-se, por algum tempo, o comerciante Joaquim Vigulino da Silva. Iniciou sua carreira política no partido da UDN (União Democrática Nacional).

Pois bem, o Sr. Joaquim foi nomeado prefeito de Esperança pelo governador do Estado, no ano de 1947, mais precisamente no dia 10.03.47, cujo mandato não durou muito tempo, pois, no mesmo mesmo houve eleições diretas. O ato da posse do referido foi transferido pelo então fiscal geral da prefeitura, o sr.Antonio Rufino de Araujo, popularmente conhecido por "Buíque". Naquela solenidade de posse estiveram presentes o Dr. João Henriques da Silva, representando o deputado Renato Ribeiro; Dr. heleno Henriques, irmão do prefeito empossado que, naquele momento, estava representando o Sr. José Cunha Lima Filho (Coronel Cunha Lima), da cidade de Areia; José de Cristo, representando o Cônego Emiliano de Cristo. Considero como detalhe interessante naquela solenidade, a presença da bibliotecária Maria Nazaré da Cunha, nossa conhecida "Naza",em substituição à escriturária datilógrafa da época.

Em 1951, houve eleição direta, em que o Sr. Joaquim foi candidato a prefeito pela UDN, concorrendo com o cidadão Francisco Bezerra da Silva, sendo este último eleito.

Em 1955, mais uma vez, seu Joaquim Virgulino foi candidato a prefeito, desta vez, sendo eleito, cujo mandato compreendeu o período de 1955/1959, concorrendo com Julio Ribeiro e Pedro Mendes de Andrade. Num eleitorado de 5.989 eleitores, obteve 40,92% dos votos válidos, sendo vice, na sua chapa, o cidadão Francisco Celestino da Silva (Titico do cinema).

Em 1963, seu Joaquim foi candidato novamente a prefeito, concorrendo com Luiz Martins de Oliveira, perdendo a eleição, obtendo apenas, 26,71% dos votos válidos. Nas eleições de 1968, concorreu ao mesmo cargo, contra o sr. Antonio Coelho Sobrinho, sofrendo mais uma derrota, obtendo 28,05% dos votos válidos. Em 1958, houve eleições para deputado estadual, em que, mais outra vez, foi candidato a deputado estadual, concorrendo com outro esperancense, o Tabelião Francisco Souto Neto, perdendo aquele pleito com apenas 18,81% dos votos válidos.

Assim, o cidadão Joaquim Virgulino da Silva encerrou sua carreira política, desaparecendo do cenário político do município, até o fim de sua vida. 

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Arlindo Delgado, O Primeiro Jovem Advogado Esperancense Eleito Prefeito.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Posse de Arlindo Delgado como Prefeito de Esperança
 Foto da Solenidade de Posse - Chico Souto Discursando
Foto de Arlindo Delgado - Presidente da OAB-PB

Era o final da década de 50, mais precisamente o dia 30/11/1959, quando o jovem advogado esperancense, aos 29 anos de idade, tomava posse no cargo mais importante da cidade, o de Prefeito Municipal eleito diretamente pelo voto popular, nas eleições municipais de 02/08/59.

A primeira foto, acima, faz o registro da solenidade de posse no salão nobre da prefeitura, às 17,00hs, ladeado dos personagens mais importantes da sociedade esperancense e do vice-prefeito da sua chapa vencedora, o comerciante e desportista José Ramalho da Costa. 

Durante sua administração, fez a reforma administrativa e reestruturou a Secretaria de Educação, com um plano de cargos dos servidores da Educação. Uma das obras mais importante de sua gestão municipal foi a construção do Mercado Público Municipal, que, posteriormente, foi denominado de Mercado Público Municipal Dr. Arlindo Delgado pela Lei nº 107, de 06/11/63.

O Dr. Arlindo Carolino Delgado nasceu no dia 20 de abril de 1930, filho de José Carolino Delgado e de Maria Bezerra Delgado. Casou com dona Ilma Moreira Delgado, de cuja união matrimonial surgiram os seguintes filhos: Ubiratan Moreira Delgado, Iordan Moreira Delgado e Nadja Cecy. O primeiro filho nascido em Esperança, formado em direito, especialista em direito do trabalho, chegando ao cargo mais alto do TRT-PB , como presidente daquela Côrte. O segundo filho, Iordan, é representante do Ministério Público e a terceira filha, é formada em Bioquímica.

Entre as atividades mais importantes de sua vida profissional, além de ser advogado militante, especialista em direito público,  na Capital do Estado, exerceu o cargo de procurador Jurídico da Secretaria de Educação do Estado, Secretário Adjunto da Segurança Pública,(1979/1981), Secretário Adjunto  da Secretaria da Educação e Cultura (1981/1983), Procurador Geral Adjunto do Estado (1983/1985), Procurador Geral do Estado (1986), além de Conselheiro Efetivo do Conselho Estadual de Educação, e, ainda, Governador do Rotary Clube Internacional (1990/1991). Faleceu na Capital do Estado, onde residia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Julio Ribeiro da Silva - Primeiro Prefeito Eleito de Esperança.

Fatos e Fotos da História de Esperança

 Foto do Prefeito Julio Ribeiro da Silva - 1º Prefeito Eleito de Esperança.

Foto do Edifício da Prefeitura de Esperança (Edificado em 1937)

Como sabemos, o município de Esperança foi emancipado no ano de 1925. Porém, as primeira campanha eleitoral, para a eleição do primeiro prefeito eleito diretamente pelo povo foi no ano de 1947, vinte e dois anos após a emancipação e, dez anos depois da inauguração do edifício, sede da administração municipal, como se vê na foto acima.

Não se tem noticia de fatos concretos da campanha eleitoral, como sejam: Cores de bandeiras, propaganda eleitoral, em fim, regulamento legal de candidaturas e tempo de duração da campanha eleitoral.

Pesquisando junto ao TRE-PB sobre histórico de eleições municipais na Paraíba, não há registro de eleições anteriores no nosso município. Daí,conclui-se que, todos os prefeito que assumiram a administração municipal de Esperança foram nomeados pela interventoria federal do Estado.

Nas eleições municipais de Esperança, no ano de 1947, foram candidatos os cidadãos Julio Ribeiro da Silva e Elias Barbosa Monteiro, como candidatos a prefeito e vice-prefeito respectivamente, Severiano Pereira da Costa e Antonio Nicolau da Costa, a prefeito e vice-prefeito, respetivamente. O primeiro, foi candidato pelo partido da UDN (União Democrática Nacional) e, o segundo, pelo PSD (Partido Social Democrático), tendo sido eleito o Sr. Julio Ribeiro da Silva, com 1.282 (Um mil e duzentos e oitenta e dois) votos e o seu vice-prefeito, com 1.274 votos, representando 50,29% do eleitorado do eleitorado que compareceu às urnas. O segundo candidato obteve 1.267 votos, representando 49,71% do eleitorado votante.

Naquela época, o nosso município tinha 2.522 eleitores. Com a chapa eleita, foram também eleitos os seguintes vereadores: José Firmino dos Santos, pela UDN, com 279 votos. Eustáquio Luiz de Aquino, com 254 votos; Severino Felix da Costa com 216 votos; Fausto de Almeida Souto, com 167 votos; Severino Pedro da Silva, com 164 votos. Eram cinco eleitos que iriam compor a primeira Câmara de Vereadores de Esperança. 

Dentre os candidatos a vereador não eleitos, foram as seguintes pessoas: Manoel Luiz Pereira, Francisco Bezerra da Silva, Manoel Rodrigues de Oliveira, Severino Alcântara Torres, João Cândido da Costa, Euclides Bezerra Cavalcanti, Sebastião Ataíde Neto, Sebastião Victor Guimarães e José Valdez do Nascimento.

A gestão do Sr. Julio Ribeiro da Silva compreendeu o período de 1.947 a 1.951. (Dados do TRE-PB).

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Aniversário do Tanque do Governo - 72 Anos de Existência

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Foto do Antigo Reservatório de Água 16 de Agosto

Cópia da Ata de Inauguração do Reservatório 16 de Agosto

Na data de hoje, 15 de agosto de 2016, completa 72 anos da inauguração do primeiro reservatório de água de Esperança, construído na gestão do Interventor Federal Dr. Ruy Carneiro, no ano de 1944.

Esta foi uma das solenidades cívicas mais importantes do município de Esperança, dada a necessidade urgente de abastecimento de água do município, justamente depois de 19 anos de sua emancipação política.

Segundo o que descreve a Ata, documento exposto acima, era gestor municipal, depois da emancipação politica, Dr. Sebastião Vital Duarte, em cuja solenidade esteve presente o interventor do Estado, Dr. Ruy Carneiro e demais auxiliares diretos do governo estadual.

Como se vê na foto acima, Esperança sempre foi carente de abastecimento de água, denotando-se uma imensa quantidade de pessoas, especificamente mulheres, com latas para encherem e abastecerem as suas casas. Deve-se salientar que aquele reservatório que ficou apelidado de "Tanque do Governo", segurou todos os esperancenses durante anos seguidos.

O Tanque era dotado de Chafaris, para facilitar a coleta de água, que era cristalina, fina e doce.

A ata acima foi redigida pelo Secretário da Prefeitura Municipal, o Sr. Severino de Alcântara Tôrres, que era conhecedor de  um bom português, cuja redação era impecável. Um detalhe interessante que observamos na Ata: O dia da Inauguração foi em 15 de agosto de 1944 e nome oficial do Reservatório é "Reservatório 16 de Agosto".

Como ainda Esperança é carente de água, aquele tanque abastece diversas casas onde se situam ao redor daquele monumento. 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

A Costureira, Uma Profissão em Extinção.

Fatos e Fatos que fizeram a Historia de Esperança
 Foto de Uma das Primeira Máquinas de Costura - década de 40
 Foto de Máquina de Costura das Décadas 50/60
Foto de Maquina de Costura Transforma em Móvel Aparador

Hoje é o dia da Costureira, 25.05.16. Achei interessante fazer essa publicação, em razão da importância da máquina de costura, nas décadas de 40, 50 e 60. A invenção da máquina gerou uma profissão, a de costureira e de alfaiate.

Lembro-me, agora, que, em Esperança, naqueles idos anos das décadas de 40, 50 e 60, várias senhoras de famílias esperancenses se projetaram no meio social como costureiras famosas, daquelas que faziam vestidos copiados dos figurinos de modistas renomados do Brasil. Mas, para isso, era necessário se capacitar, aperfeiçoar-se.

Existia, em Esperança, escola de corte e costura, para quem quisesse se profissionalizar naquela atividade. Não era uma atividade formal, com amparo legal, previdenciário, mas, o que interessava era saber fazer vestidos da moda feminina, com tecidos de linho inglês, organdí, seda importada, tecidos macios, leves, todos comprados no Armazém do Norte, em Campina Grande.

Destacaram-se na profissão de costureira, vários senhoras, cujos nomes me vêem à memória. Dona Creuza de seu "Dedim", dona Jacy Braga, minha mãe, Maria Diniz, dona Eliza Braga, e tantas outras, que não me recordo agora,

Depois dos anos 70, a marca Singer, a primeira a ser inventada, no Século XIX, lançou modelos moderníssimos, elétricas, transformando os antigos modelos em móvel aparador nas salas das antigas residências, a exemplo da que vemos na foto acima. O certo é que, a figura da costureira está pràticamente em extinção, perdendo o seu conceito, saindo do mercado, com o avanço da tecnologia, perdendo, em muito aspectos para as roupas industrializadas vendidas a preço de ouro.


sábado, 7 de maio de 2016

Uma Mãe é Uma Futura Avó

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto de Avó e de Mãe

Ser mãe, em primeiro plano, para, depois, com os anos corridos, surgir uma avó. Na verdade, surgem duas avós, materna e paterna.

Como se faz uma mãe? Nunca se faz uma  mãe como quem pretende fabricar, elaborar, confeccionar com planos matemáticos, geométricos, desenhados em papel, moldurando, como se quer fazer um quadro colorido, a fim de se posicionar em determinada sala, determinado ambiente, em determinada casa.

Para se fazer uma mãe, exige-se longa paciência, na escolha da pessoa certa, independentemente de raça, credo religioso e situação econômica, pois, uma mãe, uma futura mãe, nasce do amor enlaçado pelas bênçãos de Deus.

Uma vó é consequência natural da mãe que nasceu do enlace amoroso. Uma vez mãe, uma vez vó. A avó é a mesma pessoa que assume a missão de mãe. A avó é ser mãe duas vezes, sem medir limites. O limite é o amor que não tem tamanho.

A você que é mãe, mesmo sem ter filhos, hoje, dirijo os meus parabéns,  pois, já tem, dentro de sí, o dom de ser avó, por que a dádiva  maternal faz germinar essa missão até os últimos dias de sua vida.

terça-feira, 12 de abril de 2016

A Máquina de Escrever dos Meus Sonhos

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

 A Minha Máquina de Escrever - Anos 70

Máquina de Escrever Olivetti Portátil - (Made in México)

Na início da década de 70 a fábrica Olivetti lançou a máquina de escrever portátil, cor verde acompanhada do estojo de proteção em baquelite. Foi a máquina dos meus sonhos. Era estudante dos que gostavam de escrever. O meu ideal era comprar uma máquina para escrever as redações do meu dia a dia.

Passei no vestibular em janeiro de 1970, quando só existia em Campina Grande a antiga Fundação Universidade Regional do Nordeste, uma idealização do campinense Edvaldo do Ó. Fui estudar direito naquela universidade, universidade essa que mais tarde seria a Universidade Estadual da Paraíba.

Pois bem, consegui comprar a máquina de escrever que iria me acompanhar por toda a vinha vida estudantil universitária, que me serviu de instrumento para preparar as aulas e provas do Colégio Estadual Monsenhor José da Silva Coutinho, na condição de professor de Educação Moral e Cívica e OSPB (Organização Social e Política Brasileira).

A máquina dos meus sonhos me companhou ativamente em todos os dias da minha vida profissional, inclusive como advogado. Nela, elaborei centenas de petições, as mais diversas, inclusive, recursos para o TJPB, Nela escreví dezenas de cartas, quando ainda era praxe escrever cartas para alguém. Escreví dezenas de mensagens natalinas, até cartas de amor, quando algum amigo não sabia como se expressar para pedir a mão em casamento ou por fim ao namoro.

Hoje, ela me acompanha apenas como testemunha instrumental do meu passado estudantil e profissional. Conservo-a carinhosamente. como um bem precioso e histórico. 

domingo, 14 de fevereiro de 2016

O Lajedo do Araçá - Testemunha Viva da Nossa História.

Fatos e Fotos que fazem a História de Esperança.
 Foto do Lajedo da Capelinha com a Visão Longínqua da Tôrre da Capela.
 Foto do Lajedo Escurecido pela Ação Tempo
Foto do Tanque do Araçá.

Eis uma parte da história de Esperança, viva, muda, silente, que através dos tempos serve de testemunha de inúmeros fatos da nossa cidade. É oportuno dizer e repetir uma antiga frase do dito popular: Ah, se essas pedras falassem!

Aquele lajedo tem presença milenar na nossa terra. Viu Esperança nascer. É uma testemunha ocular. Serviu de inspiração a Manoel Rodrigues de Oliveira, para a edificação da Capelinha de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Depois daquele fato, quantas promessas foram cumpridas por pessoas de Esperança e dos mais distantes recantos do nosso município, pessoas aquelas que, de joelhos, pediram a realização dos mais diversos sonhos e, outras, que, também, ajoelhadas, compareceram para agradecer as graças alcançadas.

Esse foi apenas um aspecto religioso da história. Existiram fatos românticos que rolaram naquele lajedo. Encontro de casais apaixonados que, no refúgio daquele solo seco, tiveram oportunidade de  fazer nascer um grande amor, um casamento, uma história de amorosa.

Um outro aspecto da utilidade social daquele histórico monumento; O Tanque do Araçá constituído de águas cristalinas descidas daquele lajedo, que, mansamente, deslizavam por sobre as pedras nas frias noites de inverno. A população inteira festejava com alegria a beleza e o encanto das águas límpidas desaguando no saudoso Açude Banabuiê. Hoje, contamos a história, por que vivenciamos aquele fato. Vale apena relembrar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Esperança - 53 anos de Existência.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Construção do Prédio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
(Foto cedida por Antonio Barbosa)
Foto da Multidão presente em Frente ao Sindicato no dia da Inauguração - 1973.
(Foto cedida por Antonio Barbosa)
No início da década de 60 (sessenta), o Brasil foi sacudido pelos grandes movimentos das "LIGAS CAMPONESAS", movimentos esses que abalaram a estrutura do governo federal, no sentido de que fosse instituída a reforma agrária. Esse movimento culminou com a derrubada do então presidente João Goulart. Essa fase do trabalhador brasileiro forçou a criação e instituição de sindicatos, com o intuito de organizar, principalmente, a classe trabalhadora rural, que carecia de assistência, de apôio e de solidificação profissional.

Em Esperança, não foi diferente. com o incentivo do Pe. Manoel Palmeira da Rocha, foi criado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, cuja entidade foi fundada em 19.04.63, tendo como seu primeiro presidente, o agricultor José Vieira da Silva.

Com a força dos agricultores, já que Esperança era um município essencialmente agrícola, conseguiu comprar um prédio antigo, junto da Igreja Matriz, onde funcionou o hotel de seu Zé Lino e, posteriormente, o "Hotel Brasil" de propriedade de Dona Jarmila.

Na primeira foto, acima, vemos aquele velho prédio sendo transformado na sede da entidade representativa da classe trabalhadora rural - O Sindicato dos Trabalhadores Rurais - com a força braçal de diversos agricultores que colaboraram com a aquela edificação.

Na segunda foto, a multidão de agricultores e comerciantes da nossa cidade fizeram presença no dia da inauguração daquela sede social, quando destacavam-se entre outros o comerciante Severino Grangeiro, pai do empresário Matias Grangeiro. Era o mês de dezembro de 1973. 


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

60 anos do Estádio José Ramalho da Costa.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Noticia em um Jornal de Grande Circulação na Paraiba
Inauguração do Estadio José Ramalho.
 A Multidão se Acotovelava em Frente ao Estádio para Assistir ao Grande Evento.
 A Arquibancada Superlotada Naquela Tarde De Domingo
O América em Campo Para a Abertura do Grande Espetáculo Futebolístico.

Acontecia naquela tarde de domingo do dia 22 de janeiro de 1956, o maior evento esportivo da cidade de Esperança. Era a inauguração do Estadio José Ramalho da Costa.
A imprensa paraibana anunciava em letras garrafais aquele grande evento histórico para o município de Esperança. O jornal acima,na primeira foto, publicou com ênfase todo o acontecimento, inclusive a programação que se estendeu por todo o dia, culminando com um baile solene no Esperança Clube, o único da cidade, animado pela orquestra do próprio clube.

Na segunda foto, constamos a presença em massa da população esperancense e de outras cidades vizinhas, prestigiando a maior festa esportiva de todos os tempos na nossa cidade.

O time convidado foi o Treze Futebol Clube, na época, um dos times mais famosos de todo o Norte/Nordeste. A arquibancada lotada, enfrentando um sol causticante. Eram três horas da tarde. O evento foi transmitido pela emissora de rádio mais famosa do interior paraibano, a Radio Borborema, cuja abertura contou com a presença da Banda de Música Municipal de Campina Grande.

A festa se estendeu até tarde da noite, com um baile solene, a rigor, com a presença de toda a elite esperancense, momento em que foi entregue uma taça ao Treze Futebol clube. Esse fato aconteceu há 60 anos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

O Lança-Perfume - Símbolo dos Carnavais Brasileiros.

 Foto do Lança-Perfume - Carnavais de 50/60
 Foto de Chico Braga e Familiares Brincando Carnaval com Lança-Perfume

Foto de Michelo, Esposa e Filho Participando do Carnaval com Lança-Perfume.


Assim era o carnaval das décadas de 50 e 60 na nossa cidade. Apesar de não existir Clube Social na época para brincar o carnaval, todas as festas carnavalescas eram realizadas no recinto do antigo Grupo Escolar Irineu Jofilly, porém, os carnavais em Esperança, nunca deixaram de ser animados, espalhando-se por toda a região a fama dos bons carnavais esperancenses.

Nas fatos acima apresentadas, constatamos o uso do Lança-Perfume que era o marco dos velhos carnavais, posso afirmar com toda a certeza que o Lança-Perfume era o símbolo dos carnavais brasileiros. Carnaval sem Lança-Perfume não era carnaval. 

Para os que não alcançaram aquela época de bons carnavais, fiz questão de publicar a foto do Lança-Perfume, metálica, da marca Rodouro. Como todos sabem, meu pai era comerciante de miudezas em Esperança. Todos os anos, nas proximidades do carnaval, viajava a Recife, com a única finalidade de comprar Lança-Perfume. Lembro-me que todas elas já estavam prèviamente vendidas, encomendadas pelos grandes foliões. Dentre aqueles foliões estava o Sr. Teotônio Tertuliano da Costa, que não relaxava em todos os seus bolsos, um Lança-Perfume em cada um. O Lança-Perfume era cheiroso e refrescante, tinha aspecto gelado por conter éter.

O Laboratório Rhodia (empresa francesa) foi quem primeiro produziu aquele produto, trazendo-o para o Brasil, através de sua sede na Argentina, tendo aparecido no Carnaval do Rio de janeiro no ano de 1904, sendo ràpidamente incorporada aos festejos carnavalescos em todo o Brasil, principalmente nas batalhas de confete, serpentina nos corsos de ruas e nos bailes. Esse produto foi fabricado no Brasil, em 1922. Lança-Perfume  tornou-se símbolo do carnaval brasileiro.

O produto foi extinto dos carnavais por ato do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, através da Lei nº 5.062, de 04 de julho de 1966.


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Cinquenta Anos de Minha Turma Concluinte - 1965

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Turma Concluinte do Ano de 1965 

Ginásio Diocesano de Esperança - Década de 60.

Estava terminada a primeira etapa de estudos daqueles que encerraram a 4a. série ginasial, no ano de 1965.  50 (cinquenta) anos, completados. agora, em 2015. Depois da festa de conclusão de tão  importante curso, para aquela época, restava apenas saber para onde irmos. Não havia o antigo curso científico, era necessário ter que se deslocar para Campina Grande, a fim de estudar no Colégio Estadual da Prata.

Era uma nova etapa na nossa vida e mais dificuldades para enfrentarmos. O deslocamento difícil, por que não havia transporte fácil, mesmo Campina Grande sendo uma cidade muito perto de Esperança, pois, a estrada era horrível, não havia ônibus, à noite. Já era o ano de 1966. Foi necessário fazermos uma comissão de estudantes para adquirirmos um veículo junto ao governo do Estado, cujo governo era representado pelo então governador Dr. Pedro Moreno Gondim, através do primeiro deputado esperancense, Francisco Souto Neto (Chico Souto). Aí, sim, recebemos como doação do governador uma perua chevrolete usada, ano 1959, que ficou batizada de "A PERUA DOS ESTUDANTES".

Essa foi uma conquista maravilhosa, salvadora da pátria. Depois, uma dificuldade nos surpreendeu, a manutenção daquele veículo, então, contratamos um motorista, fizemos o orçamento de toda a despesa com aquele carro, para ratearmos com os estudantes que estavam utilizando o transporte estudantil.
 Sempre ficávamos no prego, dentro do Riacho Amarelo, durante o inverno. Todo mundo descia do carro para empurrá-lo, e, sempre perdíamos a primeira aula. Era uma aventura estudar em Campina Grande.

Lembro-me que, entre os estudantes que viajavam na "PERUA", estavam Manoel Vieira, João Leal (João Pisca-Pisca), eu, Pedro Fernandes (Pedro Cacuruta), Zé Joaquim, Zé Torres, Antonio Torres, Zé Luiz, Deu de Gato e outros, que, no momento, não me recordo.

Hoje, todos casados, residentes em diversos lugares e Estados, sendo alguns, engenheiros, médico, enfermeira, advogado, militar, professoras,etc.