terça-feira, 1 de dezembro de 2015

A Inauguração do Prédio da Prefeitura - Ano de 1937.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto do Edificio Sede da Prefeitura de Esperança Inaugurado em 1937. 


Ainda dentro da celebração dos 90 anos de Esperança, achei interessante e oportuno publicar a cópia da Ata da solenidade de Inauguração da prédio da prefeitura de Esperança, fato esse ocorrido durante a segunda gestão administrativa do município, quando o prefeito municipal era o sr. Teotonio Tertuliano da Costa, substituindo Manuel Rodrigues de Oliveira.

Verifica-se, no conteúdo do texto do referido documento que aquela solenidade foi prestigiada pelo então governador do Estado, o Dr. Argemiro de Figueredo e seu secretariado. Presentes as mais ilustres pessoas da sociedade esperancense, entre elas, o comerciante Francisco Bezerra Cavalcante, José Souto, professora Adiles Urbano da Silva, Teotonio Cerqueira da Rocha e outras pessoas importantes da nossa sociedade, além de representantes do poder judiciario e representantes do Conselho Administrativo Municipal.

Vale ainda mencionar o registro da narração dos cômodos e compartimentos daquele edifício, onde iriam funcionar o Conselho Municipal, o Poder Judiciário do Termo da Comarca de Areia e demais funcionários.

Registre-se ainda para aqueles que não chegaram a conhecer aquele prédio, era o ponto referencial da cidade, o prédio mais elegante e mais imponente da cidade que subsistiu até a década de 70 e,  posteriormente, para dar lugar à Agência do Banco do Estado da Paraiba (PARAIBAN) e, por último, à Agencia do INSS.

Esperança, 90 Anos de Sua Emancipação Política.

Fatos e Fotos Que Fizeram a História de Esperança
 Primeiras Autoridades do Municipio de Esperança - de pé, Coronel Elizio Sobreira e Inácio Rodrigues. Sentados, Manoel Rodrigues e Teotonio Tertuliano da Costa
Casa Residencial do Primeiro Prefeito de Esperança

Esperança, nesta data, 1º de Dezembro de 2015, completa 90 anos de emancipação política. A data é histórica e significativa para o municipio. Hoje, terça-feira é feriado municipal, instituído por lei municipal. Essa Lei só passou a existir, na década de 60, quando o gestor era Luiz Martins de Oliveira.

Tudo aconteceu muito lentamente. O Primeiro prefeito, Manoel Rodrigues de Oliveira só tomou posse no dia 31 de dezembro de 1925, juntamente com o vice-prefeito Teotônio Tertuliano da Costa. Isso nos faz entender que a data é alusiva ao ato governamental, oficializando a emancipação do município, que era pertencente a Alagoa Nova.

Não significa dizer que, pelo fato de ter sido emancipado o nosso município, em 1º de dezembro de 1925, a administração municipal começo efetivamente naquela mesma data. Como tudo era mais difícil, em termos de tecnologia, para aparelhamento da máquina administrativa, Esperança continuou se espelhando pelo município de Alagoa Nova, principalmente, no que tange às contas públicas, isto é, o balancete e, pouco tempo depois, o prefeito assinou decreto, determinado que as prestações de contas do município fossem regidas pelas de João Pessoa, posso dizer melhor, copiadas do sistema da capital.

Assim, o município, lentamente, foi tomando rédea. Só no começo da década de 40, passou a ter feição de cidade independente, na prática.

Vejamos como os atos administrativos eram lentos, demorados: Dois anos depois, no ano de 1927, foi criada a primeira escola noturna. O prédio da prefeitura foi inaugurado em 07 de setembro de 1937, já sob o comando da segunda gestão, com o Sr. Tetônio Tertuliano da Costa. O primeiro reservatório de água do município foi inaugurado pelo então Interventor Federal, Ruy Carneiro, no ano de 1941.(Reservatório 16 de Agosto); A primeira Escola Pública Estadual, Grupo Escolar Irineu Joffily, foi inaugurado na segunda metade da década de 30. A primeira praça da cidade foi inaugurada na década de 40 ( Praça Getulio Vargas). A energia elétrica em 1959,  o primeiro hospital-maternidade, em 1960, o saneamento de água, o sistema de telefonia, estrada asfaltada, no começo da década de 70.

Hoje, Esperança é um município que polariza uma região, tem um comercio desenvolvido, industria, dezenas de escolas municipais, é sede de um Pelotão da Policia Militar, além de contar com cinco bairros e três Distritos, com uma população de mais de 31 mil habitantes.



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cristóvão Gabínio, Um Esperancense Noutras Plagas


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Noticia da Morte de Um Esperancense - 1996

Cistóvão Gabinio de Carvalho, um esperancense que deixou a sua terra natal em busca de realização de seus sonhos. Cristóvão, como era mais conhecido em sua terra e no seu ambiente de trabalho, Lá nas terras fluminenses, saiu de Esperança, no começo da década de 50. Era filho de José Valdez do Nascimento, irmão do meu pai, Patricio Bastos, Tinha dom de escrever bem. Lá no Rio de Janeiro, mais precisamente em Niteroi, concretizou seus sonhos. Escrevia para um jornal "Fluminense", poucas vezes esteve em Esperança nos visitando. Lembro-me que a ultima vez foi antes do seu falecimento, na década de 90. Faleceu aos 64 anos de idade. O comentário do próprio jornal acima nos relata melhor sobre Cristóvão.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A Propósito do Livro Sobre Zazá.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Capa do Livro Sobre Zazá - Homenagem de seu Filho - 2015
Foto do Professor Zazá Diante deu Alunado- Década de 60 
Foto de Zazá Jogador do América ao Lado de Chico Pata - Década de 70.

Louvo a iniciativa do filho de Zazá, Bruno Bezerra, ao escrever uma homenagem ao seu pai, neste ano em que se decorre. Entendí que não se trata de uma obra literária, como assim fala o autor do livreto, mas, o reconhecimento valoroso da personalidade do pai que se popularizou na cidade de Esperança pelas histórias e piadas engraçadas que rolaram entre os bate-papos, nas esquinas e praças esperancenses, durante toda a sua trajetória vivida no nosso meio.

Djarbas Bezerra Cavalcante, ainda muito jovem, foi professor de matemática do antigo Ginásio Diocesano de Esperança, como demonstra a foto a cima, sendo, na fileira da frente, em que figuram os professores da época, da esquerda para a direita, o terceiro. esse fato ocorreu na década de 60, mais precisamente, no ano de 1965, em que eu era seu aluno, cursando a quarta série ginasial. Foto alusiva ao encerramento do ano letivo daquele ano. Vale salientar que era pontual e rigoroso.

Zazá, filho de seu Chico Bezerra dos Couros, apelido esse nascido da atividade comercial de seu pai que era proprietário de uma loja de produtos de couro para sapateiros (fabricantes de sapatos). Zazá herdou de seu pai o interesse pelo trabalho, a honestidade que é ainda peculiar de toda a família.

Na última foto, Zazá jogador de futebol, zagueiro do América de nossa cidade, ao  lado de seu companheiro, Chico Pata, atacante. O primeiro era um carrasco na zaga, o segundo, tinha como marca a velocidade. Isso era na década de 70.

A outra passagem na vida de Zazá, depois que abandonou o futebol, casado, pai de filhos, passou a ser um grande produtor de batatinha, na região de Timbauba, zona rural do nosso município, onde seu pai nasceu e deixou uma boa propriedade de terras férteis.

Pois bem, quem conviveu com Zazá, sabe das suas características e de tantas outras funções que exerceu na nossa cidade.

  

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A Praça Getulio Vargas - 74 anos de Sua Inauguração.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
 Foto da Antiga Praça Getulio Vargas da Década de 40

       Cópia da Ata da Solenidade de Inauguração da Praça em 1941

A foto acima nos mostra um dos espaços públicos de nossa cidade, como iniciativa do então gestor Dr. Sebastião Vital Duarte, que era uma das figuras mais ilustres de Esperança, médico, esperancense, de família representativa do nosso município. Para a edificação daquele belo monumento público, foram desapropriados diversos prédios antigos, para dar lugar àquele espaço aconchegante que, por muitos anos, serviu de ponto de encontro dos esperancenses.

A praça foi inaugurada no dia 10 de novembro, justamente há 74 anos, data aquela alusiva ao quarto ano de instalação do Estado Novo, em que ficou promulgada a nova Constituição da Republica dos Estados Unidos do Brasil, com a denominação, significando o surgimento de um novo Estado Brasileiro, sob a administração do então presidente Getulio Vargas. Discursou, naquela ocasião, na condição de orador oficial, o sr. Severino Alcântara Tôrres, solenidade aquela abrilhantada pelas presenças de autoridades civis e religiosas e pessoas representativas da sociedade esperancense, a exemplo de Joaquim Virgulino da Silva (Suplente de Juiz de Direito), o Padre João Honório de Melo (Vigário Paroquial), Theotonio Tertuliano da Costa, Francisco Souto Neto, Fausto Bastos e José Carolino Delgado.

A praça foi uma homenagem ao presidente da república e o pavilhão era constituído de um bar e um coreto no teto superior. A praça passou a ser ponto de referencia para diversos endereços, cujo ponto norteava a quem procurava encontrar determinada loja ou determinada rua.

Lamentavelmente, aquele espaço privilegiado de nossa cidade tombou sob a força e o péssimo desmando político que se sucederam ao longo do tempo em nosso município, como temos presenciado a derrubada de diversos patrimônios públicos históricos de nossa cidade.



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

A Juventude em Cada Época Diferente - NO CAOBE.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Festa no CAOBE - Década de 70 - Características Próprias da Época.

A sociedade sempre lançou, em cada época, estilos e características diferentes. A cada década vivida, uma maneira convencionada de se vestir, embora passageira, porém, aceita pela juventude. A juventude nunca deixa de acompanhar os lançamentos de manequins famosos que caiem no gosto popular. É o que chamamos de moda.

A moda masculina marcou época com o modelo de roupa (calça, camisa, palitó, sapato, etc). A foto acima nos faz lembrar a moda acompanhada pelo juventude, na década de 70: Cabelos longos, palitó xadrez, calça boca de sino, sapato cavalo de aço.

Essa juventude a que me refiro está aí espelhada na foto, numa festa do CAOBE. Essa é apenas uma amostra, diante de tantos modelos que surgiram. Da esquerda para a direita, estão Joacil Marcos dos Santos, Vamberto Costa, Nicácio Anizio, Marinaldo Elias e Doro (Leodoro Honorato dos Santos) . Estavam alí, naquela festa, trajados a rigor, por exigência da organização da festa - "Traje a Rigor " - e quem não queria participar de uma festa naquele estilo?

Para entrar no CAOBE, em certas ocasiões, só de palitó e gravata. Quem não tinha palitó, nem gravata, tomava emprestado a quem tinha. Quem não costumava usar tal idomentária, sabia quem assim usava e ia pedir emprestado, mas não perdia a festa por esse motivo.

Em cada década, cada época da nossa vida, os costumes sociais mudam e ficamos a recordar a docilidade de cada tempo vivido.



Professora Arline Medeiros - A Lembrança de Uma Competente Professora.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

Foto da Professora Arline Medeiros - A Primeira da Esquerda para a Direita.
Década de 60.

                                         Professora Arline Medeiros chegou a Esperança, no começo da década de 60. Pessoa simples, humilde, experiência em sala de aula, ao mesmo tempo em que assoberbava o seu tempo com os afazeres de dona casa. Isso era normal. Praxe da época. A mulher devia ter o dom dos afazeres domésticos. o que posso dizer que era uma mestra do lar. Isso dona Arline tinha. Educar os filhos, dando-lhes os primeiros ensinamentos da vida, dentro de casa.

                                            Fui aluno de dona Arline na época em que só se saia do nível primário, se cursasse o "Admissão", no antigo Ginásio Diocesano de Esperança. Era a preparação para o nível médio, como assim podemos chamar, hoje. O nível médio ainda não existia na legislação federal, mas era o Curso Ginasial.

                                      Não me lembro que matéria Dona Arline lecionava. Sei que era uma excelente professora, carinhosa para com todos os alunos. Trazia dentro de sí  a meiguice de uma mãe. Deixava sempre nos transparecer que os ensinamentos de dentro de casa, eram transportados para a sala de aula.

                                             Os filhos de Dona Arline entrosaram-se rapidamente na sociedade esperancense, fizeram o seu ciclo de amizades, e, por todos os seus amigos e amigas eram considerados como gente de bem. Alguns dos seus filhos posso mencionar, agora: Djarbas e Oswaldo (Bebé) craques do América, sem esquecer as meninas que seguiam o mesmo ritmo da mãe.

                                                 Lamentavelmente, Dona Arline faleceu no mês passado. Agora só as lembranças ficam.