quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Casamento de Adauto Rodrigues e Lalá Há 52 Anos.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto do Dia do Casamento de Adauto Rodrigues - 1.961

Da década de 60 para os dias de hoje, tudo mudou. Ficam as lembranças guardadas, mais na memória do que no registro de solenidades e fotos. As fotos, naquela década, eram raras. Era necessário contratar um fotógrafo. Na década de 60, o único fotógrafo oficial para as solenidades de casamento era Chico Braga, e, em segunda hipótese, Antonio da Serra.

A foto acima é uma das relíquias da década de 60. Relembramos determinados momentos vividos por pessoas do nosso convívio social, através de fotos em preto e branco. 

Há 52 anos, precisamente no dia 31 de julho de 1961, Adauto celebrou o seu enlace matrimonial com a jovem Eulália Barbosa de Araujo. Ele, aos 26 anos de idade e ela, aos 19 anos de idade. Relata Adauto que esse fato aconteceu numa quarta-feira, na Capela do Riacho Fundo, cuja solenidade foi presidida pelo então administrador paroquial Pe. Manoel Palmeira da Rocha.

Um detalhe interessante na história desse casamento: O terno de "gazemira" foi feito por um dos principais alfaiates da cidade, Silvestre Batista. Como naquela época ninguém sabia fazer o nó da gravata, Adauto, fazendo parte do rol  dos que não sabiam dar nó de gravata, socorreu-se de seu Irineu Rodrigues, para esse fim. Seu Irineu caprichou na perfeição do nó.

Um outro detalhe que se tornou inesquecível para Adauto: Os noivos foram conduzidos até aquela localidade - Riacho Fundo - pelo motorista de praça da época, "Toinho de Valdemar" (genro de Valdemar Cavalcante), no automóvel de luxo, um "Sinca" pertencente ao Dr. Silvino Olavo. A solenidade foi testemunhada pelo médico do antigo SESP, Dr. Roberto e pelo comerciante João Cândido Costa. Isso significa que, amanhã, dia 31 de julho de 2015, Adauto comemora 52 anos de casamento.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Creche Santo Antonio - A Primeira de Esperança.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto do Interior da Creche Santo Antonio de Esperança - 1985


A Creche Santo Antonio funda por Dona Emilia Rodrigues, esposa de Eliziario Costa, foi a primeira instituição oficial de assistência a crianças pobres de Esperança, fundada na década de 70, sob os auspícios da LBA(Legião Brasileira de Assistência), hoje, extinta pelo governo federal.

Dona Emilia construiu aquele prédio da antiga Creche com esforços incomuns, escrevendo para os órgãos federais competentes, socorrendo-se, também, de ajuda da Prefeitura Municipal.

A Creche Santo Antonio foi a primeira a existir em Esperança, situada na rua Joaquim Virgulino da Silva, antiga rua do cemitério. Como vemos na foto acima, um dos momentos de acolhimento de crianças, numa festinha de aniversário. Hoje, todas as crianças existentes na foto são adultos, muitos residindo fora de Esperança, pais de família e profissionais nas diversas áreas de atuação.

Na foto, avistamos a assistente social Lourdinha Bastos, fazendo o seu trabalho de colaboração àquela Creche. Era o ano de 1985.

Infelizmente, a Creche, sem recursos, sem apôio dos poderes públicos, foi perdendo o seu campo de atuação e de atendimento à clientela infantil, até fechar as suas portas definitivamente.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Budega, o Sistema Comercial em Decadência - Seu Pedim, o Rei do Queijo.


Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto da Mercearia de "Seu Pedim" o Rei do Queijo - década de 50.

Eis aí o retrato do sistema comercial das décadas de 50 e 60. A mercearia não tinha razão social, mas isso não era interessante para a população. Era o sistema de "budega" que predominava em todo o Nordeste brasileiro, principalmente nos recantos interioranos da nossa Paraiba.

A budega não tinha nome, mas recebia o nome dado pelo cliente que era o nome do dono daquele negócio. Eram dezenas de budegas espalhadas por quase todas as ruas de Esperança. No centro da cidade, situavam-se as budegas mais equipadas,consideradas modernas,"Chiques", como a budega de seu Pedim, onde se encontrava o melhor queijo da região,vindo do Sertão e da região caririzeira. Queijo de Qualho e Queijo de Manteira, manteiga de garrafa e tantos outros produtos que atraiam a melhor freguesia da cidade.

Seu Pedim, como era conhecido, Pedro Alves Sobrinho, nascido na região de Lagoa de Pedra deste município. logo cedo seus pais vieram morar na cidade, instalaram-se na avenida principal, a Manoel Rodrigues de Oliveira, residiram alí, até a extinção de seus pais, todos casaram e foram residir fora de Esperança. Todos viveram do comercio, mercearias, porém, seu Pedim teve maior destaque, desenvolveu no ramo de cereais.

A foto em destaque, apresenta-nos uma noção de como era organizado aquele sistema comercial, hoje, em decadência, face ao aparecimento do sistema de supermercado. Seu Pedim, do lado direito, e seu irmão, Alfredo, do lado esquerdo, de chapeu, trabalhavam juntos. Todos faleceram, e com eles, o sistema comercial. 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

As Festas Tradicionais de Esperança Eram Inesquecíveis na Década de 50.

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

 Foto de Um Baile da Sociedade Esperancense - Década de 50

Foto de Festa Junina no Salão Nobre do Grupo escolar Irineu Jofilly - 1957.


Na década de 50, Esperança não tinha nenhum Clube Social para realizar as festas dançantes, porém não era esse o motivo para se deixar de lado a realização de grandes e animadas festas sociais, envolvendo os casais da elite esperancense e jovens casais de namorados.

Na primeira foto acima, uma lembrança, com certeza, infindável, para aqueles que participavam daquelas festas, ainda hoje recordando com emoção aquelas noites. Alí, naquela foto, nota-se o valor que  davam às festas, todos bem vestidos. Era uma festa (um baile) social. no salão do Grupo Escolar Irineu Jofilly - década de 50. 

Daí, é que se diz que Esperança era grande, quando era pequena. A cidade não dispunha de energia elétrica, nem água saneada, nem meios de comunicação, como sejam: Telefone, emissora de rádio, com raríssimos meios de transportes, sem estrada asfaltada, etc. Mas, a festa de salão, hoje, festa de clube, não faltava, nas principais datas comemorativas do ano, entre elas, as mais tradicionais, como carnaval, São João e as festividades de fim de ano.

Na segunda foto, naquele mesmo salão do Grupo Escolar, um panorama de festa junina do ano de 1957, os casais postos no recinto, prontos para começarem a tradicional quadrilha, todos trajados a rigor (roupagem considerada matuta, na época). Cada casal se vestia como queria, porém, combinavam-se entre eles para ninguém se apresentar com trajes iguais, homens e mulheres. Era uma verdadeira festa fantástica, deslumbrante, para torná-la inesquecível. Era a época de ouro de Esperança.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Velhas Cartas de Amor, Um Costume em Extinção.

Fatos e Fotos que Fazem a História de Esperança

Foto Modelo de Uma Carta de Amor.

Dia dos namorados me trouxe à lembrança dos dias em que se escreviam cartas de amor.

Lembro-me que nos anos 50, 60 e até a década de 80, as casas de miudezas vendiam cartas já prontas para os namorados e noivos apaixonados, em Esperança, meu pai era proprietário de um armarinho de miudezas e perfumarias, porém, tinha de tudo para vender. A cidade ainda não havia adotado o sistema moderno de supermercado.

Nos fins de ano, mais precisamente, no Natal e nas festas de ano Novo, era costume dos casais de namorados e noivos enviarem cartas de amor. Mesmo aqueles que não sabiam escrever ou não tinham inspiração para escrever uma carta de amor, comprava a carta já pronta, impressa, com frases das mais variadas, capazes de emocionar a pessoa amada.

O estilo da carta, variava de acordo com o sexo da pessoa que enviava e da pessoa que recebia. Por exemplo: Uma moça que enviava a carta para o seu namorado. enfeitava o papel com figurinhas de flores, coração transpassado com uma seta e, muitas vezes, colocava uma pétala de rosa perfumada dentro do envelope, simbolizando a expressão de um grande amor.

Para aqueles que não sabiam ler, o comerciante tinha que ler a carta ou várias cartas para êle escolher uma. A que lhe tocasse mais o coração e expressasse maior sentimento de amor,  era a que escolhia. A carta de amor também era acompanhada de um presente, geralmente, uma caixa de sabonete com três unidades, a mais procurada era a que estava em evidência na época, como "sabonete alma de flores", sabonete orquídea, etc.

A Agencia do Correio de Esperança fica super movimentada e abarrotada de cartas, todas para serem entregues no mesmo dia. 

Infelizmente, o modernismo aniquilou o antigo costume romântico, ningém escreve mais para ninguém. Tudo, hoje, é virtual, "on line".

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Dias dos Namorados, Uma tradição Secular.


Fatos e Fotos que Sempre Fazem a História de Esperança

Uma Breve Recordação do Dia dos Namorados em Esperança.


O dia dos namorados é uma tradição apaixonante, especificamente de dedicada aos casais de namorados.

Em vários países, esta data é comemorada. No Brasil, a data apresenta uma história peculiar entre brasileiros. Essa data está relacionada ao frade português, Fernando de Bulhões (Santo Antônio), hoje, um dos santos mais populares da Igreja. Não há lugar deste país que não se comemore o dia dedicado a Santo Antonio, especificamente, nas regiões interioranas do nosso Nordeste. 

Frei Antônio sempre destacava a importância do amor e do casamento. Em função de suas mensagens, depois de ser canonizado, ganhou a fama de "santo casamenteiro". Portanto, em nosso país, foi escolhida a data de 12 de junho por ser véspera do dia de Santo Antônio (13 de junho). Assim, como em diversos países do mundo, aqui, também, é tradição a troca de presentes e cartões entre os casais de namorados.

Em Esperança, o dia dos namorados sempre foi marcante, principalmente, para a juventude. O comercio ficava mais movimentado. Os comerciante se preparavam para apresentar as novidades em suas vitrines, que atraiam enamoradas e enamorados. Os presentes eram comprados em segredo. Avisava-se ao dono da loja que não dissesse a ninguém o que tinha comprado. Em certas ocasiões alguns namorados apaixonados, querendo descobrir o que ela tinha comprado, fazia a seguinte pergunta: "Fulana já esteve aqui comprando alguma coisa?" Era um dia em que se enchia de segredinhos. 

Nas décadas de 50 e 60, ainda não existia celular, nem internet, para enviar mensagens de amor eletrônicamente. Os cartões e cartas apropriados enchiam o correio da cidade  e a ansiedade tomava conta dos jovens apaixonados, para o encontro noturno, na casa da amada, quando trocavam presentes que eram entregues afetuosamente.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Esperança, Terra de Grandes Sanfoneiros

Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança

  Manoel Tambô - O Mais Antigo Sanfoneiro Ainda no Nosso Meio.

Severino Medeiros - Sanfoneiro Esperancense.

Esperança é terra de grandes artistas, músicos, cantores, artistas plásticos, artesãos, pintores, escultores, sem esquecer os grandes talentos na literatura, no teatro, no esporte e profissionais da comunicação.

Podemos enfocar, agora, em face dos festejos juninos que se aproximam, os grandes sanfoneiros e músicos do forró, entre eles, podemos relembrar alguns forrozeiros do passado: Sebastião Mateus, Luiz Mateus, ambos tocadores de forró, dos bailes do antigo cabaré de Esperança, na época de Nana Bizouro e Biró, na antiga rua da urtiga (hoje,13 de maio). eram eles  os músicos oficiais dos antigos forrós na periferia de Esperança e nos circos que aqui chegavam.

Numa geração mais recente, destacam-se Manoel  Genuino Carneiro, nascido no sítio Cinzas deste municipio de Esperança, que ficou apelidado de "ManoelTambô", de família tradicional de músicos e sanfoneiros, que, com o desenvolvimento na área musical, formou uma das mais conhecidas bandas desta região: "Banda Estação da Luz",que fez grande sucesso em toda a Paraiba e outras regiões. 

Severino Medeiros, na segunda foto acima, outro grande músico, natural de Esperança, onde viveu sua infância e juventude, tocando pelas madrugadas silenciosas de nossa cidade, em serenatas, acompanhando grandes seresteiros, animando festas de São João e famosos forrós de nossa terra.
O músico severino Medeiros era conhecido como Severino de Olegária, nome esse de sua genitora. Severino radicou-se em Campina Grande, fazendo grande sucesso nas principais emissoras de rádio de Campina Grande, como a rádio borborema e a rádio caturité. Hoje ainda em atividade goza de grande prestígio no seio musical de Campina Grande.