Fatos e Fotos que Fizeram a História de Esperança
Foto representativo do São João Esperancense - Década de 50
Foto demnstrativa de casamento Matuto - Década de 60
Foto de Desfile de Cassamento Matuto - Década de 70
A TRADIÇÃO JUNINA DE ESPERANÇA
Não se pode falar em tradição junina, sem que se fale, também, em fogueira de São João, com os inesquecíveis casamentos matutos,com as mais tradicionais e folclóricas quadrilhas, em que eram celebradas pelas famílias da sociedade esperancense. Não era necessário locar espaços para tanto, pois, tudo era comemorado em plena avenida, com vontade, alegria de reviver tudo, como mandava o figurino.
Todas as famílias queriam participar, de qualquer modo. Na porta da cada casa, uma tradicional fogueira junina era o suficiente para fazer o folguedo. O dia todo era dedicado ao preparo das comidas regionais, tradicionais: Milho assado, milho cozinhado, pamonha, canjica, sem se falar no bolo pé-de-moleque .
As roupas eram confeccionadas em casa. Cada mãe de família era a própria costureira a fazer os modelos mais irreverentes, cada uma melhor do que a da outra.
Esperança não tinha clube social, mas, a tradição não se perdia. O salão social do Grupo Escolar Irineu Joffily era mais que o suficiente, para a sociedade de Esperança brincar a noite toda sob o comando dos sanfoneiros da cidade , entre eles, Sebastião Mateus, Luiz Mateus, Manoel Tambô e Severino Medeiros.
Esperança viveu os melhores anos juninos na década de 50, com participação intensa das autoridades e os principais comerciantes da cidade que faziam questão de dar a sua contribuição, de qualquer modo. Posso mencionar nomes dos comerciantes que tinham participação ativa na vida social: Teotônio Tertuliano da Costa, José Ramalho da Costa, Antonio Nogueira dos Santos, Teotônio Rocha.
A tecnologia mudou todo o aspecto da festividades. Na década de 70, a juventude esperancense, representada por alguns jovens atuantes na vida estudantil, quis dar um alento e renovar as características do casamento matuto tão celebrado nos idos tempos apagados pelas inovações das bandas musicais. A foto acima nos dá uma idéia de um semblante da mudança. O forró, rítimo representativo da festa junina, passou a ter novos costumes com bandas metálicas e sons eletrônicos, evidenciados pelo barulho ensurdecedor.
A festa junina tomou um feitio turístico, com quadrilhas ensaiadas, envolvidas com vestimentas produzidas, como se fossem blocos de carnaval. Em fim, a indústría das quadrilhas voltadas totalmente para o turismo maculou a tradição tipicamente nordestina.